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Filmes para assistir nesta segunda-feira

"Drugstore Cowboy" e o clássico "Um Corpo que Cai" estão na programação das emissoras

08/02/2016 - 04h03min

Atualizada em: 08/02/2016 - 04h03min


Daniel Feix
Daniel Feix
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Rastros de Ódio, clássico de John Ford, passa no Arte 1

Estrada Real da Cachaça
De Pedro Urano. Com carreira consolidada como diretor de fotografia no novíssimo cinema nacional, Urano assinou este documentário sobre o percurso dos produtores e consumidores de cachaça. É quase uma leitura sociológica do destilado brasileiro: o filme relaciona a bebida ao contexto em que é consumida no país. Interessante. Documentário, Brasil, 2008, 98min. Curta!, 15h10min

Shrek Terceiro
(Shrek The Third) - De Chris Miller e Raman Hui. Menos inspirado que os dois primeiros filmes da franquia, narra a busca de Shrek por um novo rei para substituir o pai de Fiona, o que o leva a um primo da ogra que é desprezado por todos na escola que frequenta - algo que bem poderia ser melhor explorado. Mas vale a sessão, até porque, neste ponto do desenvolvimento dos personagens da série, é difícil não ter se afeiçoado por eles. Animação, EUA, 2007, 92min. RBS TV, 15h10min

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Um Corpo que Cai
(Vertigo) - De Alfred Hitchcock. Com James Stewart e Kim Novac. Um dos grandes filmes de um dos grandes cineastas do mundo, eleito o melhor longa da história na mais recente edição da tradicional votação do British Film Institute (desbancando Cidadão Kane, que liderou a enquete ao longo de décadas), Um Corpo que Cai é uma aula de suspense psicológico sobre um detetive seguindo a mulher de um amigo - e tendo de enfrentar sua fobia de altura, já que a mulher demonstra estranha atração por locais altos. As ladeiras de San Francisco funcionam à perfeição como cenário da trama, ainda que algumas de suas sequências mais antológicas se passem em ambientes internos - para não falar de sua parte final, rodada em um mosteiro nos arredores da cidade californiana. Um dos grandes lances do filme é a reflexão sobre dupla personalidade, ou melhor, sobre as sombras que cada um tem, algo natural no comportamento social e particularmente estudado pela psiquiatria a partir da teoria do duplo vínculo. Sabe a elegância e a complexidade com a qual Hitchcock costuma dissecar a alma humana? Aqui essas características de sua obra encontram-se potencializadas. Suspense, EUA, 1958, 140min. Telecine Cult, 15h30min

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Rastros de Ódio
(The Searchers) - De John Ford. Com John Wayne. Um dos grandes filmes do mestre dos westers sobre um homem branco recém-saí­do da Guerra Civil norte-americana que enfrenta dificuldades para vencer o ódio que nutre sobre os í­ndios e lidar com seus confusos códigos morais - principalmente depois do assassinato de seu irmão e de sua cunhada e do sequestro da filha deles. Um ensaio interessante sobre a complexa formação cultural dos Estados Unidos. Faroeste, EUA, 1956, 119min. Arte 1, 15h45min

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Drugstore Cowboy
De Gus van Sant. Com Matt Dillon e Kelly Lynch. Eis uma rara oportunidade para ver um dos filmes que alçaram Van Sant à condição de um dos diretores mais cultuados do cinema independente norte-americano pós-John Cassavettes. O filme é de 1989 (sucede sua estreia, com Mala Noche), mas se passa no iniciozinho dos anos 1970, período pós-cultura hippie, quando um grupo de viciados em drogas diversas sobrevive assaltando farmácias. Dillon está ótimo, mais maduro do que o Rusty James que encarnou em O Selvagem da Motocicleta (1983), absolutamente bem-sucedido ao dar complexidade ao "drugstore cowboy" do título - personagem baseado na autobiografia de James Fogle. E a direção carrega uma amoralidade que faz muita falta em tantos outros títulos sobre o mesmo tema. Van Sant deixaria claro em longas posteriores, a exemplo de Elefante (2003), Paranoid Park (2007) e Inquietos (2011): a maturidade no tratamento de assuntos delicados é uma de suas marcas mais admiráveis. Drama, EUA, 1989, 102min. Telecine Cult, 1h40min

Gran Torino
De e com Clint Eastwood. O velho Clint anunciou que este seria seu último projeto como ator, o que não cumpriu, afinal, fez Curvas da Vida (2012), de seu parceiro Robert Lorenz. De todo modo, Gran Torino é "o" filme do sujeito de uma outra época e suas dificuldades para lidar com os novos tempos, estes de multiculturalismo, informalidades e noções diferentes de honra do que aquelas que ele, um militar aposentado, conhecera em sua formação. Nos EUA e na Grã-Bretanha, Gran Torino registou o maior sucesso de público entre todas as mais de 30 produções dirigidas por Eastwood. Faz sentido: é um de seus melhores filmes, ainda que não tenha o apelo de As Pontes de Madison (1995), a consagração de Menina de Ouro (2004) e o significado histórico de Os Imperdoáveis (1992). É dos mais tocantes retratos da velhice e do anacronismo de um personagem que o cinema foi capaz de produzir nos últimos anos. Drama, EUA, 2008, 116min. HBO 2, 1h45min


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