Na briga
Grêmio adota silêncio como tática para viabilizar chegada de Bolaños
Direção mantém esperanças de que equatoriano não irá para a China
O Grêmio mira um reforço equatoriano para fechar o grupo para a Libertadores. E enxerga em Miler Bolaños, 25 anos, do Emelec, o nome ideal para completar o ataque da equipe de Roger Machado. Embora negue oficialmente qualquer negociação, a direção tem esperanças de que o jogador, quase fechado com o Changchun Yatai, da China, possa desembarcar na Arena.
O interesse gremista em Bolaños, antecipado por ZH na terça-feira, reacendeu após o atacante se mostrar insatisfeito com os termos propostos pelo Yatai. O clube chinês havia acertado com o Emelec a compra de 80% de seus direitos por US$ 5,5 milhões de dólares (R$ 21,4 milhões), mas Bolaños exige maior valorização salarial.
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Outro fator que fez o jogador recuar foi a recente declaração do técnico da seleção equatoriana, Gustavo Quinteros, lhe recomendando uma transferência para uma liga mais competitiva do que a chinesa.
- Para mim, não é a melhor opção - resumiu Quinteros à rádio La Deportiva.
Paralelamente, o Grêmio correu atrás de investidores para viabilizar a compra do atacante. E, conforme informações apuradas por ZH, obteve parceiros para igualar a oferta de US$ 5,5 milhões feita pelo Yatai ao Emelec. Como Bolaños trata-se de um jogador jovem, com experiência na seleção equatoriana e potencial de revenda, renderia lucro aos cofres da Arena.
A direção do Grêmio, no entanto, mantém cautela e, publicamente, trata de esfriar o negócio. Mesmo que tenha forte interesse, o clube gaúcho, ressabiado por perder o meia Lucas Zelarayán e o atacante Fernando Fernández para o Tigres, do México, entende que o Yatai pode elevar sua oferta para levar Bolaños.
- Se é difícil competir com o México, muito mais com a China. O Grêmio não está cogitando a vinda deste atleta porque ele está negociado com o futebol chinês - diz o diretor-executivo Rui Costa.
No Equador, o interesse do Grêmio em Bolaños teve forte repercussão. Desde 2013 no Emelec, o atacante é um dos mais valorizados do país. Teve ótimo desempenho na última Libertadores, em que fez seis gols, e também no campeonato equatoriano do ano passado, no qual marcou 25 gols. O sucesso lhe rendeu o apelido de "Killer" por parte dos torcedores, pela fama de matador dentro da área.
- Ele é extremamente ofensivo. É um jogador que não fica somente em uma posição. Ele corre por toda a linha de ataque, seja por dentro ou pelos lados. É o tipo de atacante que desequilibra os jogos, tem um arremate impressionante e cria oportunidades para seus companheiros - analisa Mónica Orellana, repórter da Rádio Huancavilca, de Guayaquil.
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