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Entrevista

Nilton volta aos treinos após suspensão: "Vou seguir minha carreira normalmente"

Volante passará a treinar com o elenco a partir desta quinta-feira; punição por doping vai até o dia 9 de abril

11/02/2016 - 08h01min

Atualizada em: 11/02/2016 - 08h01min


Lauro Alves / Agencia RBS

Nilton está de volta ao Beira-Rio. Ao menos para treinar com o elenco. Afastado do clube por determinação do STJD desde a suspensão por doping (ele e o volante Wellington Martins foram flagrados no exame antidoping com as substâncias hidrocolortiazida e clorotiazida), em dezembro, o volante cumpriu dois meses de sanção, podendo ser reintegrado ao Inter a partir desta quinta-feira.

Suspenso até 9 de abril, Nilton passará a realizar uma pré-temporada particular no CT Parque Gigante. Desde a suspensão, Nilton estava trabalhando com um personal trainer. Passou boa parte desse período longe dos gramados no Rio de Janeiro. Zero Hora entrevistou Nilton, por e-mail, na semana passada. Confira:

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Como você reagiu à suspensão?
Fiquei chateado, como não poderia deixar de ser. Mas não adianta ficar remoendo, e é preciso seguir a vida. Estou com a cabeça boa e preparando para voltar.

Como você imagina o seu retorno ao clube?
Ainda não parei para pensar nisso. Prefiro me concentrar nos trabalho que tenho feito enquanto não posso treinar no clube, e quando tiver a liberação para voltar, aí sim pensar nisso.

Você ainda tem contato com Wellington?
Sim. Às vezes a gente conversa. Assim como eu, ele ficou triste pelo que aconteceu, mas tem a consciência limpa e é honesto. Já superou e também vai dar a volta por cima.

Você era titular quando houve a suspensão. Agora, há Fernando Bob e Fabinho como novos reforços para a função. Como será buscar o espaço novamente?
Respeito os que chegaram, mas também confio muito no meu futebol. Estou trabalhando todos os dias para manter a forma física e chegar bem. Cada um vai brigar pelo seu espaço e comigo não será diferente.

Por que você foi para o Rio de Janeiro treinar?
Morei muito tempo no Rio, quando estava no Vasco, e por isso resolvi vir com a minha família. Também ficamos um tempo em Porto Alegre, em São Paulo, onde também temos família, e em todos os lugares procurei treinar diariamente. Fiquei mais tempo no Rio, pois tenho o Rato, meu preparador físico e fisioterapeuta, que desde 2008 me acompanha, me conhece bem, sabe tudo da minha parte física e tenho total confiança de que faria um ótimo trabalho para eu me manter bem.

Qual tem sido a sua dieta?
Uma dieta normal, como já faço quando estou treinando no clube. Dieta que todo atleta que se cuida tem que fazer. Comendo nas horas certas e com tudo balanceado.

Como tem sido a sua rotina?
Tenho procurado ter uma rotina como a de quando estou no clube. Estou me alimentando bem, dormindo bem, treinando... Minha rotina tem sido de atleta, como se tivesse que vestir o uniforme e jogar toda semana.

Você tem assistido aos jogos do Inter?
Ainda é começo de ano, mas acompanhei todos até agora. Este último (contra o São José) eu torci bastante e até interagi com os torcedores pelas redes sociais. Fiz questão de parabenizar a todos os companheiros pelo título. Também foi um jogo marcante pela despedida do D'Alessandro, um amigo que fiz neste um ano de Inter, um grande jogador, grande homem e que representou muito bem o clube nesses anos. Desejo muita sorte a ele.

Você tem conversado com as pessoas do Inter (com a direção, com Argel, com os jogadores)?
Algumas vezes tenho falado, sim. Principalmente com alguns jogadores que são meus amigos.

Essa suspensão mudou a sua carreira?
Não. Minha carreira continua a mesma. Uma carreira limpa, sendo vencedor e dedicado em todos os clubes que passei. Tenho minha consciência tranquila e para mim e para as pessoas que estão do meu lado isso é o mais importante.

Você teme ficar marcado?
Não. Por que ficaria marcado? Estou tranquilo e vou seguir minha carreira normalmente.

Como foi o apoio de sua família nesse momento?
O apoio da família e dos grandes amigos foi muito grande. Todos confiam em mim e eu nunca iria decepciona-los. Todos ficaram do meu lado, como sempre foi na minha vida.

Como foi a reação dos torcedores? Te deram força ou criticaram?
A maioria me deu força, pois conhecem a minha história. Claro que tem sempre um ou outro que vai por uma outra linha, mas não podemos nos apegar nisso. Mas isso é normal no dia a dia da vida de um atleta.

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