Olimpíada 2016



Opinião

Paulão: vitória na guerra

06/02/2016 - 13h02min

Atualizada em: 06/02/2016 - 13h02min


Montagem sobre fotos / Ricardo Duarte

As expectativas de vitórias e medalhas são grandes sobre o vôlei, areia ou quadra, masculino ou feminino. Estamos acostumados em ver nossos atletas nos pódios pelo mundo. E uma das comparações que muitos me perguntam é: quem é o melhor? José Roberto Gumarães ou Bernado Rezende?

Joguei com Bernardo, logo no minha minha primeira convocação para a seleção. Sempre foi um leão de treino, mas tinha pela frente na sua posição nada menos que o capitão da seleção, Wiliam Carvalho, considerado um dos melhores do mundo. Mesmo assim, conheci um atleta que falava muito com os novatos, dizia que tínhamos que comer a bola, ter entrega total todos os dias e não interessava se existissem melhores na posição em que estávamos. Na seleção, ele não jogava muito, mas estava sempre pronto.

Nesta pouca experiência que tive, o atleta Bernardinho realmente se destacava com muita força de vontade e abnegação nos treinos. Foi minha experiência e tive o prazer de conviver em uma geração que abriu ao mundo a força do vôlei brasileiro.

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Sobre José Roberto Guimarães, o Zé Roberto: joguei contra um baixinho de 1,77cm, que, na maioria das vezes, ficava brabo pois todos queriam atacar em cima dele, já que tinha uma desvantagem na altura de seu bloqueio. Também levantador, era craque nos fundamentos, principalmente para suprir sua altura, muito preciso e de uma defesa impressionante.

Extremamente exigente com os companheiros e, como todo baixinho, briguento em quadra. Tive o prazer de jogar e falar com um craque de bola que vinha de uma geração de grandes levantadores. Foi para seleção e disputou Olimpíada.

Nestes dois craques, hoje fora das quatro linhas, importantíssimos para nosso vôlei, recai a grande expectativa de medalha olímpica. Sabemos das pressões e cobranças que nossos atletas de forma geral irão receber por jogar e competir em casa, mas é certo que, no vôlei masculino e feminino, estes dois maestros saberão tirar o melhor para o vôlei brasileiro. O profissionalismo e o alto grau de comprometimento e aperfeicoamento é, sem dúvida, um exemplo dentro e fora das quadras destes dois MONSTROS do esporte nacional.

E sobre a pergunta que muitos me fazem? Quem é o melhor? Tive o privilégio de compartilhar o lugar mais alto do pódio com ele, Zé Roberto. Tenho, naturalmente, um eterno agradecimento a mais um técnico-professor que me fez jogar um vôlei de primeira qualidade e entender realmente que uma equipe começa fora das quadras. Um tricampeão olímpico, único no mundo! GRANDE ZÉ!

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Bernardinho vem de impressionantes e maravilhosas conquistas com uma gereção que conquistou tudo. A emoção de ver aqueles então garotos liderados por ele nos enchia de alegria. Suas formas, práticas e teorias dentro e fora das quadras mostraram o quanto é necessária a competição no nosso dia a dia.

Respondo com profundo respeito, estas duas FERAS do nosso vôlei que são uma referência de conquistas e emoção que nos dão orguho de sentar em uma arquibancada ou no sofá de casa. Torcermos de coração aberto e sangue nas veias, pois sabemos que estamos muito bem representados, não só pela grande competência, mas porque se doam de alma para defender nosso Brasil.

Conheço bem os dois técnicos e sei, com toda a certeza, que já poderia fazer esta comparação de quem é o melhor. Mas a certeza é que o esporte mais importante do mundo tem em nossas quadras os dois melhores e mais vitoriosos técnicos que o vôlei já viu.

*ZHESPORTES


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