Perguntei ao presidente Vitorio Piffero se o Inter está empenhado em fazer alguma contratação importante para dar uma satisfação à torcida em contrapartida à saída de D'Alessandro. A resposta foi taxativa no sentido de que a torcida pode ficar absolutamente tranquila, que a diretoria fará uma boa aquisição.

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O grande problema é que até a promessa do presidente se cumprir todos nós estaremos ainda impactados. A saída de D'Alessandro, da forma abrupta como aconteceu, não deixou marcas somente pela possibilidade real de perda técnica no time. A grande verdade é que, depois de quase oito anos com o argentino comandando absoluto o meio-campo do Inter, ficou uma sensação estranha.

Já passei por algumas despedidas desse tipo. Lembro-me, como se fosse hoje, do grande Figueroa em sua última partida pelo Colorado. Acabado o jogo, o chileno foi até perto dos torcedores que ensaiaram uma vaia, de pura tristeza. Ele então abriu os braços como que a pedir que não fizessem aquilo. A vaia se transformou em aplauso. Lembro-me da saída de Falcão para Roma. Foi menos traumática porque o craque preparou bem sua partida.

Entra para a história

Está viva na minha memória o anúncio da venda de Fernandão, e como nos sentimos vazios depois com sua estúpida morte. O que nos alenta é que todos eles, eternos ídolos do Sport Club Internacional, sempre serão lembrados com carinho e respeito, porque nunca tiraram o Colorado de suas vidas. Com D'Ale será assim também. Passado o impacto inicial, ele sai do time para entrar definitivamente na história deste grande clube. Tenham certeza que outros grandes ídolos virão.

*Diário Gaúcho