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Mito na história do Gauchão, alemão matador Sandro Sotilli acredita em título do Juventude sobre o Inter

Com 111 gols em Campeonatos Gaúchos, Sotigol é o maior artilheiro do Estadual

30/04/2016 - 16h24min

Atualizada em: 30/04/2016 - 16h24min


Adão Júnior
Adão Júnior
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Diversos craques do futebol brasileiro e até mundial jogaram alguma vez na vida o aguerrido e charmoso Gauchão. Carpegiani, Falcão, Fernandão e D'Alessandro, por exemplo, foram campeões pelo Inter. Éder Aleixo, Renato Portaluppi, Dener e Ronaldinho Gaúcho são exemplos de campeões pelo Grêmio. Só que nenhum deles mitou mais no Campeonato Gaúcho do que o alemão matador Sandro Sotilli. São 111 gols na elite do futebol gaúcho, duas vezes artilheiro, duas vezes vice-artilheiro e cerca de 500 gols pelo Interior do Estado. Campeão em 1998 pelo Juventude, Sotigol vê muitas semelhanças com 2016.

- A gente sente que pode ser campeão em um clube quando o ambiente é bom. Naquele momento que passamos à final em 1998, a concentração foi total. Dava para ver que todos estavam querendo entrar para a história do clube. A parceria é fundamental. Percebo isso hoje nesse Juventude. É um grupo unido, um corre pelo outro e os caras são parceiros. A gente vê isso pelas fotos deles nas redes sociais, como aquela que eles fizeram com o C de Série C no vestiário - diz o maior goleador de todos os tempos do Gauchão.

Morando em Passo Fundo, Sotilli tem uma escolinha de futebol na cidade a participa de milhares de eventos em todos os cantos do Estado. Aos 42 anos, dois após para de jogar profissionalmente, e parado nas ruas constantemente:

- As pessoas me encontram na rua e me falam assim: "Você é uma lenda". Isso é bom demais. Tenho uma bela história e muitas pessoas me admiram. Sou um vencedor. Nunca quis ser mais do que ninguém, mas sempre me dediquei para ser o melhor da minha posição.

A conquista de 1998 ainda está na memória do ex-centroavante mesmo 18 anos depois. Foi o único título gaúcho dele. Depois, chegou a duas finais de Gauchão com o 15 de Novembro, de Campo Bom, mas não ganhou.

- Em 1998, chegar à final já era uma conquista para nós. O Juventude não tinha nenhum título gaúcho e a gente sentiu que poderia entrar para a história do clube. Isso mexe com qualquer jogador. Lembro que o grupo era muito unido, o ambiente era agradável e conversávamos bastante. Depois que a gente eliminou o Brasil-Pe na semifinal, que havia passado pelo Grêmio nas quartas, vimos que era possível - recorda o ex-camisa 9.

Gaúcho de Rondinha, Sandro Sotilli vestiu a camisa de 15 clubes no Rio Grande do Sul. De Inter e Juventude a Brasil-Fa e Marau. Conhece como poucos identificar um bom camisa 9:

- Futebol é oportunidade e sequência. O Brenner já vinha bem no Juventude, era artilheiro do time e foi para um clube grande. Aí a chance apareceu para o Roberson. Nos dois jogos contra o Grêmio ele fez dois gols, foi decisivo. É um jogador de grande mobilidade. A maioria dos times de hoje não joga mais com centroavantes como eu, de área, de referência. O Roberson é o camisa 9 moderno.

A torcida é para que Roberson e companhia sejam campeões, mas que não virem lendas. Mito do Gauchão só tem um e é Sandro Sotilli.

Diogo Zanatta / Especial
Campeão com o Ju em 1998, Sotilli mora em Passo Fundo e guarda a camisa até hoje

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