Política



Conversas gravadas

Diálogos não sugerem interferência na Lava-Jato, alega Renan

Conversas do presidente do Senado com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado foram divulgadas nesta quarta-feira

25/05/2016 - 09h52min

Atualizada em: 25/05/2016 - 10h05min


Zero Hora
Zero Hora

Por meio de sua assessoria, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) alegou, por meio de nota enviada por sua assessoria de imprensa, que os diálogos gravados entre ele e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado "não revelam, não indicam, nem sugerem qualquer menção ou tentativa de interferir na Lava-Jato ou soluções anômalas. E não seria o caso porque nada vai interferir nas investigações".

As conversas, divulgados nesta quarta-feira pela Folha de S. Paulo, mostram Renan dizendo a Machado que apoia mudar a lei que trata da delação premiada, que é o principal mecanismo usado nas investigações Operação Lava-Jato.

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Ainda segundo a assessoria, "todas as opiniões do senador foram publicamente noticiadas pelos veículos de comunicação, como as críticas ao ex-presidente da Câmara, a possibilidade de alterar a lei de delações para, por exemplo, agravar as penas de delações não confirmadas e as notícias sobre delações de empreiteiras foram fartamente veiculadas".

Em determinado momento do diálogo, Renan diz que todos os políticos "estão com medo" da Lava-Jato, incluindo Aécio Neves, presidente do PSDB, que inclusive teria lhe procurado e pedido para que visse "se tem mais alguma coisa" com relação à delação do ex-senador Delcídio Amaral (ex-PT-MS). Na nota, "se desculpa porque se expressou inadequadamente" e que "se referia a um contato do senador mineiro que expressava indignação – e não medo – com a citação do ex-senador Delcídio Amaral".

A nota diz ainda que "o senador Renan Calheiros tem por hábito receber todos aqueles que o procuram. Nas conversas que mantém habitualmente defende com frequência pontos de vista e impressões sobre o quadro. Todas os pontos de vista, evidentemente, dentro da Lei e da Constituição".

Leia a íntegra da nota:

O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) tem por hábito receber todos aqueles que o procuram. Nas conversas que mantém, habitualmente, defende com frequência pontos de vista e impressões sobre o quadro. Todos os pontos de vista, evidentemente, dentro da Lei e da Constituição Federal.

As opiniões do senador, sempre, foram publicamente noticiadas pelos veículos de comunicação, como as críticas ao ex-presidente da Câmara dos Deputados, a possibilidade de alterar a lei de delações para, por exemplo, agravar as penas de delações não confirmadas e as notícias sobre delações de empreiteiras, todas foram, fartamente, veiculadas. A defesa pública de uma solução parlamentarista também foi registrada em vários artigos e colunas e o próprio STF pautou o julgamento do tema. O Senado, inclusive, pediu sua retirada da pauta.

Em relação ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), o senador Renan Calheiros se desculpa porque se expressou inadequadamente. Ele se referia a um contato do senador mineiro que expressava indignação - e não medo - com a citação do ex-senador Delcídio do Amaral.

Os diálogos não revelam, não indicam, nem sugerem qualquer menção ou tentativa de interferir na Lava Jato ou soluções anômalas. E não seria o caso porque nada vai interferir nas investigações.

Assessoria de Imprensa

Presidência do Senado Federal


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