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"Não se trata de nome, e sim de uma política", defende secretário de Cultura

Marcelo Calero foi anunciado hoje como secretário nacional de Cultura, pasta subordinada ao Ministério de Educação e Cultura

18/05/2016 - 18h47min

Atualizada em: 24/05/2016 - 08h03min


O secretário nacional de cultura, Marcelo Calero, anunciado na pasta nesta quarta-feira, foi apresentado oficialmente em evento que contou com a imprensa. Calero, que era secretário municipal de cultura no Rio de Janeiro, estava acompanhado de Mendonça Filho, titular pelo Ministério da Educação e da Cultura.

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Na ocasião, Mendonça Filho prometeu um "crescimento real" no orçamento dedicado à cultura em 2017. Segundo o ministro, de 2015 para 2016, a pasta teve uma queda de 25% no orçamento.

Ele também anunciou que há um passivo financeiro de cerca de R$ 236 milhões em atividades do antigo ministério e prometeu quitar em até quatro parcelas o valor. O ministro informou que a decisão foi tomada pelo presidente interino Michel Temer, depois de conversa com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Segundo Mendonça Filho, o pagamento dos passivos de artistas e produtores culturais será feito nos próximos dias, a partir da posse do novo secretário nacional de Cultura.

– Mais da metade do Orçamento de 2016 tem um comprometimento com relação ao ano anterior, o que mostra que efetivamente o desenvolvimento e aplicação orçamentários na área da cultura no Brasil, mesmo com o Ministério da Cultura, não tem tido o sucesso desejado por todos que produzem e fazem cultura no país – acusou Mendonça.

Mendonça Filho e Calero repercutiram as críticas à fusão dos ministérios da educação e da cultura feitas por membros da classe artística brasileira. Segundo o ministro, não há necessidade de um ministério dedicado à promoção da cultura.

– Não é o nome 'ministério' que pode produzir diferença – defendeu. – O que eu afirmo de forma categórica é que a cultura funcionará ainda melhor como secretaria nacional.

– Não se trata de nome, e sim de uma política. A resistência se supera com a apresentação de resultado – completou Calero, que afirma ter a tarefa de "restaurar dignidade de quem faz cultura no Brasil".

O secretario criticou a "demonização" da Lei Rouanet e garantiu que a pasta irá manter os compromissos fechados pelo governo de Dilma Rousseff.

*Com informações de agências



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