Porto Alegre



Arquitetura

Em foto 360°, veja as belezas do Palácio Piratini por dentro 

A sede do governo completou 95 anos em 17 de maio e agora abriu uma exposição fotográfica que conta a história do espaço

24/05/2016 - 19h55min

Atualizada em: 25/05/2016 - 18h49min


Os 95 anos do Palácio Piratini foram comemorados nesta terça-feira, com um evento especial no Salão Negrinho do Pastoreio, no prédio histórico no centro de Porto Alegre. Além de um concerto da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa), foi aberta a exposição Palácio Piratini: Arquitetura e Memória, que traz fotos que contam a história da construção do local. A mostra é aberta ao público, no saguão do espaço, e segue por duas semanas.

A edificação, em estilo neoclássico e uma das principais atrações arquitetônicas de Porto Alegre e do Estado, foi tombada em 1986 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado. Inúmeras obras de arte adornam o Palácio, entre elas as pinturas de Aldo Locatelli, que decoram os salões Negrinho do Pastoreio e Alberto Pasqualini. Em 2000, integrando o sítio histórico da Praça da Matriz, o prédio, bem como seus bens integrados, passaram a ter a proteção do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

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A construção foi iniciada em 1896, pelo engenheiro Affonso Hebert, e precisou ser interrompida em 1901. Somente oito anos após, as obras foram retomadas, com a chegada a Porto Alegre do arquiteto francês Maurice Gras, responsável pela apresentação do projeto ao então presidente do Estado, Carlos Barbosa Gonçalves.

Materiais importados da França, como lustres e apliques que adornam a ala governamental foram trazidos para a obra, além de material da Inglaterra. Os lustres franceses de cristal são réplicas dos usados no Palácio de Versalhes. Na fachada, assim como na área interna, há esculturas são do artista francês Paul Landowski, o mesmo que esculpiu o Cristo Redentor do Rio de Janeiro.

A obra foi paralisada mais uma vez durante a I Guerra Mundial, de 1914 a 1918. O então presidente Borges de Medeiros dispensou o arquiteto Maurice Gras e retomou a obra em regime de empreitada, quando escultores e ornamentistas radicados no Estado passaram a trabalhar na construção.

Em 17 de maio de 1921 – hoje considerada a data de aniversário do Piratini –, o prédio pôde ser ocupado, mas sem inauguração oficial, pois boa parte das obras ainda não estavam prontas. A decoração interna foi concluída em 1945 e, em 1951, o pintor italiano Aldo Locatelli foi contratado para pintar os murais que contam a história rio-grandense, não somente nas paredes, mas também no teto dos salões. O nome de Palácio Piratini foi concedido por decreto pelo governador Ildo Meneghetti em 1955.


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