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Pena de William é mantida em seis jogos, e lateral do Inter está fora da final do Gauchão

Julgamento do recurso durou mais de quatro horas e meia no TJD

05/05/2016 - 00h07min

Atualizada em: 05/05/2016 - 00h11min


Francisco Luz
Francisco Luz
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William esteve presente no TJD, mas deixou o auditório antes do início do seu julgamento

O lateral-direito William está fora da final do Gauchão. Punido com seis jogos de suspensão, no dia 1º de abril, pela cotovelada em Bolaños no clássico Gre-Nal 409, o jogador do Inter compareceu novamente ao auditório do TJD, nesta quarta-feira, para acompanhar o julgamento do recurso do seu caso – mas foi embora às 19h30min, pouco antes do começo, de fato, da sua sessão, que se estendeu até a meia-noite. E viu sua pena ser mantida, o que o deixa de fora da partida deste domingo, contra o Juventude, no Beira-Rio.

Em um longo julgamento, com mais de quatro horas e meia de duração, quatro auditores votaram pela manutenção da pena em seis partidas, como aplicado na primeira instância. O relator do caso e um auditor pediram diminuição para quatro partidas, enquanto um auditor votou por oito jogos, e outro em quatro.

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Antes do julgamento, o presidente do TJD Fabiano Bertolucci fez uma defesa do tribunal ao falar sobre o efeito suspensivo concedido a William no dia 14 de abril, pelo auditor Carlos Rafael dos Santos – que depois foi derrubado, no dia 16 do mesmo mês, data do primeiro jogo da semifinal do Gauchão contra o
São José, por uma decisão do STJD após Mandado de Garantia do Grêmio.

– Este tribunal tem anos de serviços prestados, e nunca houve pressão de ninguém, como chegou a ser comentado na imprensa, para que o efeito suspensivo fosse concedido – explicou Bertolucci.

O procurador Alberto Lopes Franco, que também entrou com recurso para pedir uma pena maior a William pelo lance com Bolaños, disse que o lateral-direito colorado deveria ser punido com oito ou 17 jogos, a depender do artigo em que o jogador fosse julgado – no primeiro julgamento, William foi punido com seis jogos pelo artigo 254-A, parágrafo primeiro do CBJD. Lopes argumentou que a lesão em Bolaños pode ser tipificada como "lesão corporal grave", no parágrafo segundo do mesmo artigo, o que ampliaria a pena ao camisa 2.

O Grêmio esteve presente no TJD. Jorge Petersen, um dos advogados do clube, acompanhou o julgamento do lateral colorado, após o Tricolor – que participou do julgamento inicial como parte interessada – também ter pedido recurso para majorar a punição a William. No seu período na tribuna, Petersen explicou os motivos pelos quais pediu um Mandado de Segurança contra o efeito suspensivo concedido ao jogador do Inter.

– O Grêmio fez apenas o que estava nos seus interesses. Sem nenhuma questão pessoal. Jamais vamos admitir que quem quer que seja venha pautar aqui como o Grêmio deve tratar suas questões. Houve um erro do presidente do TJD ao analisar o pedido do Inter, e foi por isso que entramos com recurso.

Depois, Petersen pediu o reenquadramento da denúncia contra William, indo ao encontro do que pediu o procurador Alberto Lopes Franco.

– Um lance que deixa um colega com uma lesão grave, como foi o caso, não pode ficar com apenas seis jogos. Isso é impunidade – disse o advogado.

Na defesa pelo Inter, o advogado Rogério Pastl pediu nova tipificação para a situação de William, alegando que deveria ser enquadrado no artigo 250 – que suspende o jogador por uma a três partidas. De forma eloquente, Pastl ainda criticou o que chamou de "vingança" do Grêmio contra o Inter:

– O Grêmio vive falando mal do STJD, e na primeira oportunidade busca uma solução por lá. Não quero falar apenas como torcedor do Inter, mas enquanto o Grêmio não ganhar um campeonato, vai continuar nesta loucura – completou.

O relator Carlos Rafael dos Santos Júnior e o presidente Fabiano Bertolucci pediram a desclassificação para o artigo 254, com pena de quatro jogos. O auditor Roberto Pimentel votou pela tipificação no artigo 254-A, parágrafo segundo, e pediu pena de oito jogos. Os auditores Paulo Airoldi, Ivo Amaral, Gabriel Fadel e Carlos de Souza Schneider votaram pela manutenção da pena em seis jogos. Abrão Blumberg votou pela pena de quatro jogos.

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