Para desafogar o trânsito nos horários de pico, a Avenida Wenceslau Escobar ganhará uma faixa com sinalização reversível até o fim deste ano. No trecho, de 300 metros, entre a Rua Professor Xavier Simões e a Avenida Coronel Marcos, as duas faixas existentes serão transformadas em três. A central terá circulação em ambos os sentidos: na parte da manhã, provavelmente em direção ao Centro e, no restante do dia, no sentido bairro. A mudança divide opiniões de moradores e trabalhadores locais.

Segundo o instalador hidráulico, José Fernando Acunha, a solução seria tornar a rua mais larga. Atualmente, com as duas faixas, a via soma 10 metros de largura:

- O certo é ter uma duplicação, só uma faixa alternativa não funciona. Vi um esquema semelhante na Oscar Pereira, mas ainda tem trânsito por lá - opina.

Diferente dele, a doméstica Jociara Alves acredita que a mudança no trecho será uma saída para o trânsito intenso no local:

- No horário de pico, é bem demorado para pegar ônibus, então, acho que pode melhorar - pensa.

Já para o economista Milton Oliveira, a alteração não resolve:

- Não vai adiantar, tem muito carro. Quando um ônibus parar para as pessoas desembarcarem e embarcarem, o trânsito vai trancar de novo - explica.

Segundo a gerente de planejamento de trânsito da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Carla Meinecke, haverá um recuo para os pontos de ônibus e o reposicionamento de algumas paradas para aproximá-las das travessias de pedestres.

Serão feitas diversas alterações, como a eliminação de uma rotatória, o fim do terceiro tempo na sinalização da Rua Déa Coufal e a remoção de canteiro central em vários pontos (sem necessidade de remoção de árvores), com implantação de travessia integral (de tempo único).

Além disso, os horários de troca de sentido da faixa reversível devem ser fixos - até mesmo aos finais de semana -, e uma sinalização luminosa indicará quais são as faixas liberadas para circulação em cada sentido. Haverá ainda um "trecho de transição" demarcado na pista.

De acordo com a EPTC, um projeto de duplicação da via não seria possível no momento, pois exigiria mais recursos e desapropriações.

Colaborou Bárbara Müller