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Com sete indiciados, polícia conclui inquérito de estupro coletivo de adolescente no Rio

Investigadores tiveram acesso a todos os laudos periciais, entre eles o do celular de Raí de Souza, um dos três suspeitos que estão presos

17/06/2016 - 13h14min

Atualizada em: 17/06/2016 - 16h40min


Agência Brasil
Agência Brasil
Delegada Cristiana, à esquerda, em audiência sobre cultura do estupro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro

A Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou nesta sexta-feira que sete pessoas foram indiciadas no caso da adolescente que sofreu estupro coletivo no mês passado. A titular da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima, Cristiana Bento, pediu à Justiça a prisão preventiva dos indiciados e encaminhou o caso ao Ministério Público. Apesar disso, as investigações continuarão a buscar outros possíveis partícipes do crime, que causou comoção nas redes sociais após a divulgação de imagens em que a adolescente aparece sendo violentada.

O inquérito foi concluído com o indiciamento de Raí de Souza e Raphael Duarte Belo pelos crimes de estupro de vulnerável e produção e divulgação de material pornográfico com menor de idade; um menor de idade, por ato análogo aos mesmos crimes; Moisés Camilo de Lucena e Sérgio Luiz da Silva, por estupro de vulnerável; e Michel Brasil e Marcelo Miranda, pela divulgação das imagens.

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O jogador de futebol Lucas Perdomo Duarte Santos, que também foi investigado e chegou a ser preso, não foi indiciado porque as investigações não apontaram sua participação no crime.

A delegada Cristiana Bento afirmou que a perícia no celular de Raí de Souza foi determinante para que as investigações determinassem a atuação de cada um dos indiciados. No aparelho, foram encontrados mais imagens e conversas em que os investigados combinavam seus depoimentos.

Cristiana Bento disse esperar que os indiciados recebam "penas exemplares".

– Que sirva de exemplo para a comunidade que a mulher não é uma coisa, e que deve ser respeitada. E que praticar sexo com adolescente ou qualquer mulher desacordada, que não possa oferecer resistência, é crime – afirmou ela. – Acredito que (esse caso) fez a sociedade pensar no conceito de estupro e na cultura do estupro. A cultura do estupro pretende colocar a culpa na vítima ou despenalizar o agressor, absolvendo como doente ou psicopata. É um alerta que se faz – concluiu.

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