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Seu problema é nosso

Devido ao transporte precário do Estado, moradora de Porto Alegre faz vaquinha para custear idas à fisioterapia

Em janeiro do ano passado, Jocenara sofreu um grave Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquêmico, que comprometeu sua mobilidade e sua fala, por isso precisa passar por fisioterapia

18/12/2017 - 09h27min

Atualizada em: 18/12/2017 - 09h28min


Arquivo Pessoal / Leitor/DG

Em janeiro de 2016, a autônoma aposentada Jocenara Melo Maciel, 48 anos, moradora da Lomba do Pinheiro, na Capital, sofreu um grave Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquêmico, que comprometeu sua mobilidade e sua fala. 

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Agora, com esperança de recuperação, seu marido, o eletricista Roberto Rodrigues Maciel, 48 anos, depende de solidariedade para fazer o transporte de sua esposa para as sessões na AACD, no bairro Jardim do Salso. 

Como cuida de Jocenara em tempo integral, Roberto não trabalha há mais de um ano. E a família, também composta pelo filho Diordan Melo Maciel, 18 anos recém completados, vive somente com a aposentadoria da esposa. 

— Ela era muito saudável, não tinha problemas de saúde. Até hoje, não descobrimos o que desencadeou o problema — explica Roberto. 

Sequelas 

O AVC acontece quando há falta de sangue em uma área do cérebro por conta da obstrução de uma artéria. E pode deixar sequelas leves ou graves. 

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Em Jocenara, a doença atingiu o lado esquerdo do cérebro, fazendo com que ela precisasse de uma craniectomia descompressiva, cirurgia usada para aliviar a pressão do inchaço do cérebro após um trauma. Em junho deste ano, o procedimento foi finalizado com a colocação de uma prótese para reparar a estrutura óssea. 

Reabilitação 

Roberto conta que já tentou utilizar o transporte fornecido pelo Estado, mas que, na situação da esposa, fica inviável. Depois do AVC, Jocenara ficou epilética. O marido explica que, em uma ocasião, o casal foi deixado no local cerca de três horas antes de uma consulta e ainda teve de esperar mais duas horas para voltar para casa. 

— Além de ser só duas vezes por semana, temos que esperar por horas. Na condição dela, não temos como ficar tanto tempo parados, pois ela já teve ataques epiléticos em situações de espera — justifica, explicando que pretende levá-la de táxi às sessões, como já tem feito, com apoio da família. 

A fisioterapia, a hidroterapia e a terapia ocupacional representam uma importante fase na reabilitação de Jocenara. Agora, o casal vai até a AACD quatro vezes por semana, mas Roberto estuda a possibilidade de aumentar o número de visitas. 

— Ela tem um grande potencial de recuperação. Em apenas um mês e meio com as sessões na AACD, já está andando de muletas pela casa. Não podemos parar agora e perder a evolução que já foi feita — conta Roberto. 

Saiba como ajudar 

— É possível doar por meio da vaquinha online.

— Depósito bancário: na Caixa Econômica Federal, agência 0453, operação 013, conta 00100523-0, em nome de Diordan Melo Maciel (filho da Jocenara).

*Produção: Leticia Gomes

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