Arthur se firmou no Grêmio ao aproveitar a lacuna deixada por Maicon, lesionado. Quando retornou, o capitão ainda não reunia as melhores condições físicas e permaneceu até o fim de 2017 entre o departamento médico e o banco de reservas. 

Poucas vezes, portanto, Renato teve a oportunidade de escalar os dois juntos. Não que fosse parte de seu planejamento reunir os jogadores que, cada um a seu turno, comandaram a saída de bola do Grêmio nos últimos dois anos. Mas bem que seria uma bela alternativa.

Há quem diga que escalar Arthur e Maicon à frente da área seja a senha para formar um time "faceiro" demais. Discordo. Com o nível de entrosamento atingido pelo Grêmio, há maturidade suficiente para que eventuais fragilidades defensivas sejam minimizadas com posicionamento correto e ocupação de espaços do time como um todo. 

Assim, não seria necessária a figura de um típico camisa 5, como Michel. E o Grêmio teria dois jogadores brilhantes na tarefa de fazer a bola circular. Difícil mesmo seria tirar a bola de um meio-campo tricolor escalado assim.

GABRIEL DIAS 1 — O colega Leandro Behs informa que Gabriel Dias é grata surpresa na pré-temporada do Inter. Volante de bom posicionamento, fez ótima Série B pelo Paraná. Foi bem observado pela diretoria. Tem tudo para se firmar como uma opção interessante no banco de reservas.

GABRIEL DIAS 2 — O diabo é que há acúmulo de jogadores com características semelhantes por ali, o que pode barrar sua evolução. Dourado murcha quando atua mais à frente, costuma render bem mais em posicionamento mais recuado. Patrick é outro que guarda posição e não se aventura tanto ao ataque, a não ser pelos arremates de longa distância. Talvez pela abundância de volantes com essa característica que o Inter tenha insistido tanto em jogadores mais móveis, como Bruno Silva, Montoya e Rithely.