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Polícia tem até segunda para concluir inquérito de crianças mortas em ritual satânico

Corpos de irmãos foram encontrados esquartejados em setembro em Novo Hamburgo. Quatro suspeitos estão presos, entre elas um bruxo, e outros três seguem foragidos

09/01/2018 - 14h07min


Hygino Vasconcellos
Hygino Vasconcellos
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Polícia Civil / Divulgação

A polícia tem até a próxima segunda-feira (15) para concluir o inquérito que investiga a morte de duas crianças, encontradas esquartejadas em Novo Hamburgo. A suspeita é de que o crime tenha relação com um ritual satânico

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Conforme o diretor do Departamento de Polícia Metropolitana (DPM), Fabio Motta Lopes, o inquérito precisa ser concluído em 10 dias em casos de prisão preventiva ou em flagrante. A exigência consta no artigo 10 do Código de Processo Penal (CPP).  

Quatro pessoas foram detidas suspeitas de participação no crime e outras três seguem foragidas. Na última sexta-feira (5), a polícia conseguiu a conversão das prisões temporárias em preventivas.  

Sem dar detalhes, o delegado Moacir Fermino salientou que "falta muita coisa" para concluir o inquérito. Ele observou que o procedimento deve ser finalizado pelo titular da delegacia, Rogério Baggio, que volta de férias na quarta-feira (10). 

— Não posso passar informações. Estou terminando o serviço, fazendo diligências — observou Fermino. 

Apesar do prazo de 10 dias, o Código de Processo Penal tem uma brecha para casos de "difícil elucidação". Após a remessa do inquérito, o delegado pode solicitar ao juiz a devolução dos autos para dar sequência às investigações.  

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Perícias adicionais 

A polícia deve solicitar pericias adicionais no local onde os corpos foram encontrados, no bairro Lomba Grande. Segundo Motta Lopes, também deve ser solicitado a análise de objetos coletados durante a investigação, sem especificar quais seriam. 

Ainda não há confirmação da identificação e nacionalidade das crianças. Apesar da possibilidade de serem argentinas, o diretor do DPM descarta chamar a Polícia Federal para auxiliar na investigação. 

— O caso é de nossa competência — reforçou Motta.


Advogados tentam acesso a inquérito

Dois advogados que defendem o empresário Paulo Ademir Norbert da Silva reclamam que ainda não tiveram acesso ao inquérito ou a decisão da Justiça que determinou a prisão preventiva. Por isso, eles dizem desconhecer as acusações.  Um dos advogados deve solicitar à Justiça nesta terça-feira o acesso ao inquérito.

GaúchaZH tenta contato com o advogado dos outros investigados.  

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