Fiz uma rápida referência na coluna anterior me rebelando contra as críticas a uma equipe que recentemente é pentacampeã da Copa do Brasil, tri da Libertadores, vice mundial e campeã da Recopa. Tudo isso porque o Internacional teria saído mais forte dos Gre-Nais, na medida em que está em reconstrução. 

Me pus a raciocinar. Desde o ano passado, quando começou a tal reconstrução, o Inter perdeu a Segunda Divisão para o glorioso América Mineiro. Foi desclassificado da Copa do Brasil. Foi vice-campeão gaúcho sendo derrotado pelo Novo Hamburgo. A política de futebol produziu a troca de dois técnicos naquele ano de Segundona. 

Em 2018, passou um sufoco para ganhar do Remo, de virada. Foi desclassificado nas quartas de final do Gauchão, levando cinco gols em dois Gre-Nais. Venceu o clássico que não valia nada. Reconheço que fez um jogo épico e comemorou com todas as suas forças uma vitória obtida a alto custo. Em março, já vai fazer nova pré-temporada. Manteve um técnico auxiliar e, com todo o respeito, é um bom profissional. 

Em que mundo eu vivo?

Por isso, tenho dificuldades para entender que reconstrução é essa se vem empilhada com uma série de derrotas. Não em jogos isolados, mas em todas a decisões que participou. Neste ponto, retomo a minha perplexidade da coluna anterior. Quando a campanha dos dois times é comparada, um deles está em crescimento, sendo reconstruído, a base de derrotas, e o outro empilhando títulos vai mal e merece críticas. Em que mundo penso estou vivendo? Mercúrio, Vênus, Terra, Marte.

Renovo, por fim, a sugestão que dei. Como ele gosta muito de apitar, e está de férias, quem sabe a Federação coloca D'Alessandro _ aliás grande jogador _ para apitar os jogos das semifinais. E rumo a Santa Cruz do Sul.