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Copa do Brasil

Contra o Cianorte, Marcinho ganha uma chance no ataque do Inter

Atacante que veio do Brasil-Pel será o substituo de William Pottker, lesionado, e Nico López, suspenso

01/03/2018 - 07h32min


Leandro Behs
Leandro Behs
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Anselmo Cunha / Agencia RBS

Sem William Pottker, com lesão muscular, e Nico López, suspenso pelo cartão vermelho recebido na segunda fase da Copa do Brasil, sobrou para Marcinho a chance de atuar contra o Cianorte, às 19h15min desta quinta-feira no Beira-Rio, pelo lado direito do ataque. O atacante de 22 anos, carioca com carreira pelo interior gaúcho, tomou à frente na disputa com Camilo, Wellington Silva e Juan pela vaga no ataque colorado.

Marcinho nasceu em Belford Roxo, região metropolitana do Rio, e veio parar no Rio Grande do Sul por meio de um empresário, que o trouxe ao Farroupilha, de Pelotas, em 2013. No Sul, disputou a Divisão de Acesso. Depois disso, passou a trabalhar com o empresário Jorge Machado, começando nas categorias inferiores do Inter. Andou na base do Coritiba e foi emprestado para Novo Hamburgo, Ypiranga e Brasil-Pel, onde foi um dos destaques da Série B do ano passado.

Destaque nos treinos pela velocidade com que avança sobre os defensores, Marcinho terá a sua primeira grande oportunidade no time titular em um jogo decisivo e precisa mostrar a Odair Hellmann que pode se firmar na equipe. Assim, para o mais novo titular do Inter, o Cianorte ganha status de Barcelona. 

— No Brasil-Pel, Marcinho foi quase um ponta pela direita — recorda o repórter Vinícius Guerreiro, do jornal Diário Popular de Pelotas. — Quando ele esteve emprestado pelo Inter ao Brasil-Pel, o ataque da equipe dependia muito de seus lances pessoais. Ora com dribles e jogadas individuais, ora procurando as faltas próximas à área. Marcinho era o desafogo do setor ofensivo do Brasil-Pel. Quando havia alguma dificuldade, ele era a bola de segurança. Além disso, é um cara solidário na marcação — acrescenta.

Após acompanhar a trajetória de Marcinho em Pelotas, Guerreiro comenta que a finalização é algo que o meia-atacante ainda tem a aprimorar:

— Marcinho fez cinco gols na Série B e foi um dos artilheiros do time no torneio, atrás apenas do Rafinha (com nove gols) e do Lincom (com oito). Ainda assim, ele precisa trabalhar mais as conclusões. Por vezes, chega com facilidade à área e demonstra dificuldade para marcar o gol.      

Há dois fatores que influenciaram Odair a optar pelo novato diante dos paranaenses. O primeiro deles, a maneira de jogar do Cianorte. O treinador do Inter assistiu aos três últimos jogos da equipe — vitória sobre o Toledo, empates com Prudentópolis e Criciúma — e entendeu que Marcinho se encaixa melhor no momento. O segundo, a mudança de regra na Copa do Brasil, com a extinção do saldo qualificado, empresta maior segurança ao dono da casa para ser mais agressivo no ataque, sem os mesmos temores defensivos de sempre no torneio. 

— Marcinho apareceu no treino e pensei que era um menino da base, porque é bem novinho, né? Daí ele arrebentou no treino. Driblou, fez gol. Só então fiquei sabendo que era do Inter. É um atacante que  vai para cima, mas também cumpre função tática. Conversei com ele, parabenizei-o pelo momento. Acho que pode ser útil no Inter — diz Marcelo Labarthe, ex-meia da dupla Gre-Nal e companheiro de Marcinho no Ypiranga de 2016. 

Com Marcinho pela direita, como uma espécie de William Pottker mais veloz e arisco, mas com menos força física, Odair tenta compensar as ausências do titular e de seu suplente imediato, Nico López. 

— Marcinho é um jogador muito veloz e habilidoso. Darei todo o suporte para ele ir para cima. É um excelente jogador, um pouco diferente do Nico. É mais veloz. Assemelha-se ao Pottker — avalia o lateral Dudu, responsável por dar suporte a Marcinho pelo lado direito de ataque. 

Com a segurança de quem acertou no começo de ano ao descobrir em Patrick o melhor meia esquerda do Inter, o técnico Odair Hellmann se vale de suas observações no rodízio de 2018 para a aposta em Marcinho. 

A carreira de Marcinho

  • Jogou por Farroupilha, Ypiranga, Novo Hamburgo, Brasil-Pel e Inter
  • 68 jogos
  • 4530 minutos
  • 13 gols
  • 12 cartões amarelos

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