Toda disputa carrega um peso que muitas vezes descontrola o adversário. Quem tem mais tranquilidade leva vantagem nessas horas. Uns tremem quando encontram seus adversários, outros crescem quando isso acontece. Quando competia mais ativamente nos festivais, sempre tomava cuidado em estar seguro daquilo que iria fazer. 

Lembro de um jovem que conhecemos de Uruguaiana, chamado Felipe, que em uma competição de declamação em Santa Maria estava certo que iria ganhar o troféu. O que ele não sabia, e ninguém sabia, é que estava inscrito na competição um dos maiores declamadores de Bagé. E para seu azar, foi sorteado para enfrentá-lo. 

Quando nos aproximamos do palco onde aconteceria a disputa, lá estava ele, apavorado, suando, nervoso. E o meu pai perguntou o que tinha acontecido. “Viram com quem eu vou disputar”, disse ele, "o cara é só o melhor do Estado, me ralei”. 

Comportamento

É assim que queremos o comportamento dos adversários do Inter, nervosos e com medo da nossa raça e do nosso talento, da nossa história e dos nossos feitos relevantes. Queremos que o Colorado seja uma equipe que tenha a tranquilidade de enfrentar qualquer um sem medo de ser derrotado. Foi assim com Inter e Vitória na quinta-feira à noite. O time de Odair lutou, mas não conseguiu a classificação para ir adiante na Copa do Brasil.

Como diria o meu pai, Bagre Fagundes: “A cara de quem ganha, não é a mesma de quem perde.”