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Diego Araujo: "Contagem regressiva "

Editor-chefe do Diário Gaúcho, o jornalista escreve às segundas-feiras sua coluna de opinião

25/06/2018 - 08h00min

Atualizada em: 25/06/2018 - 08h16min


Bruno Alencastro / Agencia RBS

Você tem 104 dias para fazer a lição de casa. Em 7 de outubro, ocorre o primeiro turno da eleição, com votações para presidente, governador, dois senadores e deputados estadual e federal. 

As urnas vão chamá-lo para mudar o país. Sabe aquelas reclamações de que os poderes Executivo e Legislativo só têm políticos corruptos, que são um antro de propina e que só têm picaretas? Chegou a hora de você mudar essa situação. 

Não depende só do seu voto, é claro, mas começa por você. 

Você já tem seu candidato? A primeira coisa a ser feita é olhar para o passado, mais precisamente para o ano de 2014. O seu voto valeu a pena? Descubra tudo o que o seu escolhido na última eleição fez e confira se concorda com as decisões que ele tomou em seu nome. Vale a pena mantê-lo ou não? A partir disso, pode ser iniciada a busca por um novo representante. Use a internet para fazer buscas pelo nome do pretendente e se informe com outras pessoas do seu bairro ou cidade.

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Sorte deles, azar o nosso

Faltam mais de três meses, dá tempo de procurar informações e tomar uma decisão cujos efeitos vão vigorar de 2019 a 2022. São segundos à frente da urna, mas que podem valer um arrependimento de quatro anos. O candidato certo para você pode ser o errado para mim e vice-versa. O que importa é gastarmos um pouco de tempo para ver quem é o nosso escolhido, o que ele fez, o que ele não fez, quais as suas propostas e como elas podem influir na sua vida e da nossa comunidade. Nesta investigação, vale consultar pessoas que pensam semelhante a você, e outros que acreditam em coisas totalmente diferentes. Mesmo que você não concorde, é bom ouvir como todos pensam e por que cada um definiu o seu voto. Isso poderá ser um subsídio para a sua escolha. 

O único caminho que não podemos tomar é o da omissão. Anular o voto ou não comparecer à seção eleitoral é um ato de covardia. Deixa o país na mão, adia em quatro anos nossa possibilidade de mudança e mostra que desistimos do país, embora continuemos sofrendo com todas as decisões do poder público. 

E lembre-se sempre: você pode até decidir não votar, mas os eleitores dos maus políticos são fiéis e não perderão a oportunidade de manter tudo como está. Eles estarão lá com certeza, tentando garantir que a situação do país permaneça com privilégios para pouquíssimas pessoas. Para a sorte deles. Para azar nosso.



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