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Seu problema é nosso

Buracos em calçada da Vila Ipiranga preocupam moradores há meses, na Capital

Morador conta que equipes da prefeitura chegaram a vistoriar o local há seis meses, mas nenhuma ação concreta foi tomada e os reparos ainda não foram executados

17/10/2018 - 09h28min


Arquivo Pessoal / Leitor/DG
Luiz mostra a profundidade das crateras

Quem tenta transitar pela calçada da Avenida Benno Mentz, em frente ao número 623, na Vila Ipiranga, em Porto Alegre, corre o risco de cair e se machucar. Buracos no passeio vêm tirando a paz dos moradores há pelo menos um ano. 

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É o que conta o líder comunitário Luiz Carlos Passo Fundo, 58 anos. Segundo ele, uma dezena de protocolos de reclamação já foram abertos — sem solução por parte do poder público. Luiz conta que equipes da prefeitura vistoriaram o local há seis meses, mas nenhuma ação concreta foi tomada para cobrir os buracos. 

O leitor se preocupa com a possibilidade de acidentes envolvendo crianças, tendo em vista que há uma escola perto do local. 

— Já caíram duas pessoas. É muito grave — afirma Luiz. 

Cedendo

Em um protocolo (1122351881) vencido em 30 de abril deste ano, o morador relatou que as aberturas no chão estavam crescendo, enquanto outras começavam a ceder. Em outro protocolo (1213731850), vencido em 10 de maio, foi registrada a vistoria. 

— A cidade está abandonada. Os moradores me procuram, eu faço protocolos e mais protocolos, mas nada se resolve — relata o líder comunitário. 

O comerciário Luciano Bauer, 43 anos, que mora no número 623, informa que são quatro buracos, com profundidade de cerca de um metro, segundo o morador. Ele garante que o Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) compareceu ao local após uma das duas publicações do caso no Diário Gaúcho, na seção Pede-se Providências, no dia 29 de maio. 

Cavalete 

Luciano conta que um dos buracos cresceu a ponto de inviabilizar a entrada em sua garagem. Além disso, explica o morador, uma das aberturas dificulta a passagem por outro portão, para pedestres, ao lado da entrada para carros. 

O morador também afirma que a única providência tomada pela prefeitura foi a sinalização com um cavalete. A estrutura de madeira, devido à demora, à chuva e ao vento, acabou caindo no chão. Pedras foram colocadas nos buracos pelos próprios moradores, na esperança de evitar algum acidente. 

— É um perigo. Minha mãe tem 82 anos e muita dificuldade para passar — relata Luciano. 

Conserto previsto para novembro 

A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb) comunicou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o local já foi vistoriado. A equipe constatou que será necessária a reconstrução da rede de tubulação pluvial que passa pela calçada. 

Devido à complexidade da obra, na qual será preciso a utilização de retroescavadeira, o serviço está agendado para a primeira semana de novembro, informou a SMSUrb. A assessoria também garantiu que o problema não existe há um ano, contrariando a informação dos leitores. 

*Produção: Ásafe Bueno

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