Polícia



 Em Encruzilhada do Sul

Padrasto é suspeito de matar criança de dois anos por espancamento 

Vizinhos relataram que homem fugiu após crime

06/12/2018 - 21h41min

Atualizada em: 06/12/2018 - 21h44min


Tiago Boff
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Hygino Vasconcellos
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Um menino de dois anos morreu no Hospital Santa Bárbara, em Encruzilhada do Sul, com sinais de espancamento. O caso ocorreu na madrugada de quarta-feira (5). Segundo a delegada Raquel Schneider, o padrasto da criança é considerado o principal suspeito. Após a morte, ele não foi mais visto. 

A mãe do menino relatou à polícia que acordou às 5h e percebeu que a criança estava desacordada no berço. A mulher saiu para a rua, na Vila Xavier, e começou a gritar por socorro. Uma vizinha ouviu o barulho e levou a mãe e a criança para o hospital. No caminho, a mulher relatou que a criança estava muito gelada.

O menino chegou inconsciente ao hospital. Um médico que o atendeu relatou aos investigadores que a criança estava sem pulsação. Foram feitas manobras para ressuscitação, mas sem sucesso. 

Laudo preliminar da perícia apontou que a criança morreu por politraumatismo e foi asfixiada.  Também se constatou coágulos no cérebro, o que indica que ele pode ter sido chacoalhado. O menino tinha costelas fraturadas e várias marcas roxas no corpo e no rosto.

— São sinais de agressão de um objeto contundente. Pode ter sido um facão. 

A mãe do garoto, que passou mal durante o depoimento à polícia, relatou que o padrasto não estava em casa. Entretanto, vizinhos afirmam que o homem estava no local e fugiu. 

— Há sinais claros que foi homicídio — entende a delegada.

Ainda segundo a delegada, a mulher nunca tinha procurado a polícia para denunciar o homem. Entretanto, em setembro deste ano, o Conselho Tutelar recebeu uma denúncia anônima de que ele estava agredindo as crianças. Além do garoto de dois anos, a mulher tinha outro filho de cinco anos. 

— Essa criança menor era a mais agredida — relata Raquel. 

O homem tem dois antecedentes criminais por violência doméstica contra uma ex-companheira. Um em 2014 por descumprimento de medida protetiva e outro em 2015 por lesão corporal. 



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