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Papo reto

Manoel Soares fala sobre darmos o peso certo às dificuldades

Colunista escreve nas edições de final de semana do Diário Gaúcho

09/02/2019 - 07h00min


Diário Gaúcho
Diário Gaúcho
Lauro Alves / Agencia RBS

Tudo o que vivemos tem um peso. Algumas experiências são leves. Outras, nem tanto. O que dificulta nossa caminhada é saber a real carga que temos nos ombros. Da mesma forma que dar peso excessivo a algo que deveria ser leve é um erro, ignorar o quanto algo sério pesa pode ser uma burrada, também. 

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Conheço pessoas que, por conta de experiências ruins na vida, não conseguem seguir rumo aos seus objetivos. Ficam ancorados em traumas e tristezas do passado, como se aquele peso não as deixasse voar. Esse tipo de sabotagem geralmente rola porque, depois que se descobre que quem está no chão não pode mais cair, a derrota parece ser um lugar de conforto. 

Essa bagagem que o passado coloca em nossos ombros precisa ser deixada na estrada da vida. Abandonar isso requer coragem e disciplina.

Autoconhecimento

Por outro lado, existem aqueles que vivem experiências intensas e sérias e tratam como se não fossem nada. Em um primeiro olhar, pode até parecer leveza e desprendimento, mas essa beleza pode ocultar imaturidade e irresponsabilidade com momentos sérios. Não precisamos ser escravos das nossas dores, mas fingir que elas não existem nos impede, inclusive, de aprender com elas. 

Ser realista é o grande desafio. Se algo pesa 300kg, não vamos agir como se fossem três toneladas ou 30 gramas. O tempo de carregar esse fardo também deve ser observado. Levar bagagem inútil por tempo demais impede que vivamos outras experiências. Deixar no caminho cedo demais pode nos obrigar a voltar para buscar. 

Autoconhecimento é fundamental nesta hora. Olhe nos próprios olhos diante do espelho e seja coerente, sem autopiedade ou covardia. Nenhum peso é dado sem que possamos carregar, mas saber como e quando levar esse peso é nossa decisão.


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