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Seu Problema é Nosso

Menino de Cachoeirinha sonha em participar de torneio argentino de futebol

Para que Daniel Padinha, 11 anos, consiga viajar, precisa arrecadar R$ 2.500. A família organizou uma vaquinha online para alcançar a meta até dia 13 de julho

29/04/2019 - 10h00min


arquivo pessoal / arquivo pessoal
Esporte transformou o menino tímido, diz a mãe

— Quem o conheceu antes do esporte, não acredita no jeito que está agora —, conta a dona de casa Ana Padilha, 38 anos, mãe do pequeno craque Daniel Padilha, 11 anos. 

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Atuando como atacante na categoria Sub12 do Esporte Clube Cruzeiro, de Cachoeirinha, o menino tímido, hoje, quer viajar para fora do país com a equipe. O objetivo da viagem é participar do Torneio Internacional de Futebol Infantil Sueño Celeste, que ocorre na cidade de Rafaela, na Província de Santa Fé, Argentina, entre os dias 13 e 20 de agosto. 

— Quando começou a jogar, ele tinha vergonha até de frequentar os treinos. Foi uma surpresa pra nós quando disse que queria viajar. Nunca vi meu filho tão empolgado com algo —, diz a mãe. 

Dificuldade 

Entretanto, o valor de R$ 2.500, referente aos custos com a viagem, é um impasse para a família de quatro integrantes, moradora da Granja Esperança, em Cachoeirinha. Como a mãe está desempregada, eles contam apenas com o salário de auxiliar de almoxarifado do pai, Gilson Padilha, 49 anos, para sobreviver. Foi aí que a irmã, a estudante Gabriele Padilha, 19 anos, decidiu criar uma vaquinha na internet para arrecadar a quantia. 

Até agora, a campanha levantou R$ 50. A meta é conseguir todo o dinheiro até o dia 13 de julho. 

— Ele está muito ansioso, toda hora pergunta se alguém ajudou. Estamos com o pensamento positivo, mas sabemos que é difícil —, afirma a mãe, que vende artesanato para conseguir pagar o valor da mensalidade da escolinha de futebol do filho. 

arquivo pessoal / arquivo pessoal
Equipe do Cruzeiro treinando

“Hoje ele é outro menino”, conta mãe 

Como muitos guris da sua idade, Daniel quer ser jogador de futebol. Mas nem sempre foi assim. Ainda bebê, teve fortes crises de asma e precisou ser internado. 

— Aos nove meses, o levamos praticamente morto ao hospital. Os médicos nos tiraram as esperanças, porque ele não conseguia respirar e não reagia — conta a mãe. 

Com o passar dos anos, as crises foram diminuindo, mas praticar esportes nunca foi um hábito do guri. Até que, aos oito anos, ele quis frequentar uma escolinha de futebol. A família embarcou na ideia, acreditando que ajudaria em seu desenvolvimento. 

— Hoje ele é outro menino. O esporte foi muito importante para o meu filho — relata Ana. 

Daniel conta que seu maior ídolo é o argentino Lionel Messi. Agora, ele tem o sonho de jogar no país em que o craque do Barcelona nasceu. Ao conseguir sua meta, será o primeiro membro da família a viajar para fora do Brasil. Emocionada, Ana garante estar empenhada para que o pequeno atacante possa marcar um gol na terra de Messi. 

Como ajudar

/// Doe na vaquinha online

/// Mais informações: (51) 98660-1700.

Produção: Camila Bengo

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