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Ex-secretário diz que "não faz sentido" manter casa do estudante mais antiga da Capital

Ronald Krummenauer acompanhou parte das tratativas que envolveram a transferência dos moradores para outros locais após fechamento da sede

03/05/2019 - 07h30min


Jéssica Britto
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Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal
Local fica no Centro de Porto Alegre

Secretário de Educação do governo de José Ivo Santori (2015-2018), Ronald Krummenauer acompanhou parte das tratativas que envolveram os moradores da Casa do Estudante Universitário Aparício Cora de Almeida (Ceuaca), a mais antiga em funcionamento em Porto Alegre, e que está fechada desde 2014, conforme relatado pelo DG no dia 27 de abril. Segundo Krummenauer, o prédio está condenado e demandaria um investimento alto para ser reaberto adequadamente.

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Em acordo acompanhado pelo Ministério Público, Procuradoria Geral do Estado e pelo ex-secretário, ficou acertado que o prédio poderia ser cedido provavelmente para a Secretaria de Cultura de Porto Alegre, que havia manifestado interesse. Os aluguéis aos estudantes removidos do antigo prédio, localizado na Rua Riachuelo, seriam pagos pelo Estado até junho. Mais tarde, o benefício foi estendido até dezembro.

“Não faz sentido”

Para o ex-secretário, a questão envolvendo os universitários foge da competência da Secretaria Estadual de Educação. Ele considera que todas as etapas e acordos acertados na época foram cumpridos. 

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– Não faz sentido pagar aluguel para universitários, um dinheiro que sai dos nossos impostos, quando quase todos os moradores são de fora do Estado ou de fora do país. Eu considero que o processo cumpriu com suas etapas. Foi assinado o acordo judicial, foi dado um tempo para que os estudantes conseguissem uma maneira de recuperar o prédio, uma maneira de ser doado para uma associação, mas não foi encontrada essa solução – argumentou.

– Não é questão de governo, é questão de Estado, até porque se aquele prédio ruir hoje, o Estado é responsável, independentemente de qual secretaria seja afetada – completou Krummenauer. 

Os atuais moradores da Ceuaca devem se reunir com o governo do Estado no dia 8 para tratar do tema.


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