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Coluna da Maga

Magali Moraes: o diário da quarentena

Colunista escreve às segundas, quartas e sextas-feiras no Diário Gaúcho

23/03/2020 - 09h00min


Fernando Gomes / Agencia RBS
Magali Moraes

Amigos, desculpem a repetição de assunto. Mas alguém consegue pensar em outra coisa no momento? Eu não. Que sufoco! Tenho visto muitos relatos de pessoas preocupadas com seus pais, avós e familiares idosos que insistem em circular por aí. Bora trancar a porta da rua e esconder a chave? Tô brincando, gente! Ou não. Meus velhinhos amados: fiquem protegidos em casa. Por favor! Eu peço do fundo do coração. E peçam ajuda! Vizinhos, se ofereçam pra ir na farmácia e fazer as compras.

Chegamos na fase do contágio comunitário, ou seja, ninguém mais sabe quem transmite pra quem. Pessoas sem sintomas podem estar com o coronavírus e passar adiante. Entendeu o drama? Ficar em casa agora é fundamental. Outro drama é a convivência familiar no confinamento. Melhor criar uma nova rotina pra aguentar tranquilo o período de quarentena. Vamos ocupar a cabeça! E dá pra se sentir menos sozinho usando o WhatsApp pra fazer ligações de vídeo, mandar fotos e áudios cheios de carinho.

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Chato

Quando você achar que tá muito chato ficar em casa, se coloque no lugar de quem segue trabalhando em serviços que não podem parar. Valorize os médicos e profissionais de saúde que também gostariam de estar protegidos no lar, doce lar. Pense em quem não tem permissão pra trabalhar à distância, e nos autônomos que estão sem fonte de renda. Lembre das pessoas em grupos de risco. Se essa quarentena (exagerada pra muitos) virar o jogo, o Brasil vai ser o exemplo pro resto do mundo.

Aqui em casa, estamos nos adaptando e tentando não torcer o pescoço um do outro. No último sábado, rolou até faxinão em equipe. A gente tá cozinhando junto, conversando mais e enfrentando essa situação tensa. Somos três trabalhando remotamente. Não em condições ideais, mas fazendo o nosso melhor. Os dias da semana se confundem, os espaços se misturam, a vontade de sair pra rua é enorme, a ansiedade bate forte. Enquanto tudo não volta ao normal, vamos reaprendendo a viver.



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