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Paixão colorada

Lelê Bortholacci: o Inter deu um vexame em Goiás

Mesmo com um a mais, time foi derrotado para o então lanterna do Brasileirão

13/09/2020 - 20h51min


Ricardo Duarte / Internacional / Divulgação
Inter criou pouco e abusou dos passes laterais e cruzamentos para a área

Tem façanhas que só o Inter consegue. Entrar em campo na liderança do Brasileirão, contra o último colocado, ver o adversário ter um jogador expulso aos dois minutos do primeiro tempo e ainda assim perder o jogo é uma verdadeira façanha.

Com a expulsão de Jefferson, do Goiás, pensei que Eduardo Coudet iria com tudo para cima. Que nada. O que se viu foi um futebol burocrático, sem nenhuma intensidade, num clima "nem vamos forçar muito porque faremos o gol a qualquer momento". Não apenas não fizemos, como conseguimos levar um. Do lanterna do campeonato. Com um a menos em campo desde os dois minutos de jogo. Inacreditável.

O preguiçoso Inter tinha de voltar com muito mais ímpeto depois do intervalo para, pelo menos, diminuir o tamanho do vexame. E, talvez, conseguir uma virada que não seria nada além da obrigação para quem pensa em disputar o título de um campeonato longo, em que cada jogo tem a mesma importância. Não fez nada disso.

Foi uma infinidade de passes laterais, outra de cruzamentos na área — que pouco perigo levaram e só serviram para consagrar a zaga adversária — e nenhuma vitória individual, nenhuma infiltração a dribles na área. Nada. A única coisa que funcionou no segundo tempo foi a cera técnica do Goiás, que nada poderia fazer além disso. Fez e foi competente.

Aula de incompetência

Diferente do Inter, que deu uma aula de incompetência e conseguiu perder para o até então pior time do campeonato. No final, os jogadores escolheram o árbitro como culpado pelo quantidade de acréscimos – que realmente ficaram bem abaixo do que seria justo, de acordo com a cera adversária. Mas foi apenas o constrangedor capítulo final de mais um vexame colorado em Goiânia.


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