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Só se fala noutra coisa!

Guri de Uruguaiana comenta sobre o Carnaval no "novo normal" 

Gaudério ainda dá o seu pitaco a respeito de tatuagens polêmicas

06/02/2021 - 12h35min


ArteBiz / Divulgação
Neste ano, não vai rolar ziriguidum nem na telinha

Chê! O povo está falando que, neste ano, por conta da pandemia, o Carnaval vai ser diferente. Na verdade, seja como for: para mim, vai ser igual! 

Todo mundo diz que Carnaval é época de pegação. Mas para quem é casado, como eu, a única coisa que se pega é o controle remoto nesta época. Eu adoro pular Carnaval. Fico zapeando pelos canais que transmitem os desfiles e pulo todos. No ano passado, eu curti a folia todinha assim.

Muito cuidado

Agora, pelo jeito, vou ficar só na base do DVD: deita, vira e dorme. Dizem que o Carnaval é a festa da carne. Então, nesta época, eu sou praticamente um vegetariano! Bah! Assistir ao Carnaval na TV é deprimente. O vivente fica ali, olhando aquelas prendas quase sem roupas, rebolando… O pior é quando a patroa fica do lado, só no bico, para ver se o cara está admirando a mulherada. 

Eu dou uma espiada e, se ela perceber, falo assim:

– Bah, viu aquilo? Que absurdo isso… Falta de respeito!

Tatuagens polêmicas

Fabrício Eckhard / Divulgação
É melhor pensar bem antes de tatuar o nome da amada, chê!

A minha patroa, Silvia Helena, inventou de fazer uma tatuagem. Eu não tenho nada contra, mas não faria. No meu caso, não combinaria. Já viu alguém colocando um adesivo em uma Ferrari? Não dá, né, chê? 

Mas tudo depende também do tipo de desenho. Há umas tatuagens que me deixam incomodado. Tem bagual, por exemplo, que faz tatuagem com o nome da namorada. Que mancada! Depois, se o casal se separa, o cara vai andar por aí com a assinatura da prenda estampada na pele. Sabe como é, tatuagem com o nome de ex é como artesanato com garrafa pet: a gente precisa fazer força para achar bonito! 

Os estilos das tatuagens mudaram muito. Antigamente, o camarada tatuava uma âncora abagualada. Hoje em dia, as pessoas fazem desenhos tribais, borboletas espalhadas pelo corpo. Escrevem até em japonês, acredita? Bah! Aí, quando alguém pergunta o significado, respondem que é fraternidade, igualdade, felicidade… Aham, sei! 

Eu tenho um compadre que fez uma tatuagem em um lugar sensível demais. Tatuou a expressão por extenso ainda: “Lembrança do Carnaval de Pernambuco”. Se bobear, nesta friagem que faz aqui no Sul no inverno, se pedir para ele mostrar, é capaz de não aparecer nem a primeira letra! Que barbaridade!

Correio amoroso

Guri, fiquei com um rapaz no Carnaval do ano passado e me apaixonei. O problema é que ele não quer mais nada comigo. Afinal, amor que nasce na folia tem futuro?
Tamires Lins, de Canoas.

Bah, Tami, esses amores carnavalescos costumam ser mais curtos do que coice de porco e deixam o bagual com o coração mais apertado do que bombacha de gordinho. Na quarta-feira de cinzas, sobra apenas aquele vazio no peito. 

Meu conselho é: nunca desista de um sonho. Corra atrás dele. Se a padaria estiver fechada, vá em outra! Como diria o poeta, tudo vale a pena se puder pagar em 12 vezes. Mas se esse bagual não quiser ficar contigo, a dica é fazer como o dólar: te valoriza! 

Tirinha

Reprodução / Reprodução



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