Antes de começar o Brasileirão, quem poderia imaginar que o duelo com o Cuiabá seria tão decisivo na vida do Grêmio? Se a equipe de Luiz Felipe Scolari não vencer na Arena Pantanal, nesta quarta-feira (18), as coisas podem tomar um caminho sem volta, rumo à Série B em 2022. Não tem cabimento um grupo que custa cerca de R$ 14 milhões, por mês, apresentar um desempenho tão pífio. 

Por toda a circunstância que envolve a campanha, um empate ainda é péssimo negócio contra um adversário direto na luta contra o rebaixamento. A situação do Tricolor é tão complicada que, mesmo vencendo, a diferença pró-Cuiabá ainda fica em quatro pontos. E ainda será crucial uma vitória contra o Bahia no sábado (21) dentro da Arena. Não adianta apenas um resultado positivo. É preciso uma sequência. Mas, se perder, aumenta para dez pontos a diferença para o Cuiabá. Seria desastroso. 

Imagino que o time comandado pelo técnico Jorginho vai explorar o desespero gremista e o calor da capital do Mato Grosso. Felipão poderá contar com Villasanti como principal novidade. Óbvio que o paraguaio entra em uma fogueira, já que não terá o entrosamento adequado com os companheiros. A tendência é que Jean Pyerre perca o lugar. Não será uma injustiça. Sem mostrar vontade, ele não consegue se impor como referência técnica.

Geromel está fora por suspensão. A zaga terá Ruan e Rodrigues. Ambos terão de fazer uma partida perfeita. Felipão pode estar preparando alguma surpresa na escalação. É necessário fazer uma cirurgia. Colocando em campo mais do mesmo, não traz confiança de um resultado positivo. É o momento do grupo dar uma resposta enérgica. Caso contrário, a queda será inevitável. E os culpados - jogadores, comissão técnica e dirigentes - ficarão marcados para sempre pelo fracasso.