Polícia



Ato por justiça

Familiares da frentista e do caminhoneiro mortos se unem em mobilização em Caxias do Sul

Pelo menos três ônibus da Visate ficaram represados por cerca de 20 minutos no bairro Cidade Nova

24/08/2012 - 21h30min

Atualizada em: 24/08/2012 - 21h30min


Familiares da frentista Deisy Cruz, 24, e do motorista do caminhão que colidiu com o ônibus da Visate na segunda-feira, Eligio José Echer, 50 anos, se uniram em uma mobilização no bairro Cidade Nova, na tarde desta sexta-feira. Ainda sem notícias sobre as investigações, eles pediam agilidade nas buscas pela jovem e cobravam uma posição assistencial da empresa de transporte coletivo à família do caminhoneiro.


Cerca de 50 pessoas do bairro se uniram às famílias durante o manifesto na Rua Francisco Lorenzi, próximo da Escola Municipal Érico Cavinatto. Pelo menos três ônibus da Visate ficaram represados por cerca de 20 minutos. Em cartazes eram expressos pedidos de justiça e agilidade nas buscas.

Entenda o caso
:: A frentista Daisy Cruz, 24 anos, estava desaparecida desde a tarde de segunda-feira, dia 20 de agosto de 2012. As primeiras informações indicavam que, por volta das 14h50min daquele dia, moradores do bairro Cidade Nova, onde ela reside com os tios e uma prima, viram Daisy gritando dentro do carro do homem por quem teria um relacionamento, o motorista da Visate Marcelo Sidinei Pires, 30 anos.

:: Na segunda-feira, de acordo com testemunhas, logo após Daisy sair de casa para ir ao trabalho, Pires teria a abordado em uma rua do Cidade Nova. Já no Astra, a jovem teria gritado por ajuda, mas o motorista conseguiu levá-la com ele

:: Um tio da frentista comunicou o sumiço à polícia ainda na segunda-feira :: No domingo, a frentista e o motorista teriam encerrado um relacionamento amoroso que durou cerca de três meses. A frentista teria desistido do namoro ao descobrir que o motorista era casado.

:: Na manhã de terça-feira, dia 21 de agosto, Pires se envolveu em um acidente de trânsito na BR-116. Na colisão entre o ônibus que ele dirigia e um caminhão, morreu o caminhoneiro Eligio José Echer, 50. Após o acidente, Pires foi internado no Hospital Pompéia

:: Na quinta-feira, dia 23 de agosto, três testemunhas apontaram, em depoimento na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher, a suspeita de que o motorista seria o responsável pelo desaparecimento da frentista

:: Nesta sexta-feira, dia 24 de agosto, Pires recebeu alta do hospital e confessou envolvimento no desaparecimento da jovem em depoimento à Polícia Civil no final da tarde.

:: No começo da noite de sexta-feira, dia 24 de agosto, o corpo da frentista foi encontrado no caminho para a Linha 40.

Cerca de 50 pessoas do bairro se uniram às famílias durante o manifesto na Rua Francisco Lorenzi, próximo da Escola Municipal Érico Cavinatto.


_ Eu vim manifestar a minha indignação sobre o descaso que estamos vivendo. A Visate não procurou nossa família nem para prestar solidariedade. Estamos unimos hoje à família dessa moça para clamarmos juntos por justiça _ diz a esposa do caminhoneiro, Mabel Nicoletti Echer, 45.


Foto: Arquivo pessoal, divulgação


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