Polícia



Homicídio qualificado

Começa o julgamento do traficante Paulão por morte de rival no Presídio Central

Além dele, um comparsa que teria cometido o crime também senta no banco dos réus

13/09/2012 - 11h44min

Atualizada em: 13/09/2012 - 11h44min


A sessão começou uma hora depois do previsto após atraso na escolta dos réus

Começou por volta das 10h15min desta quinta-feira o julgamento do traficante Paulo Ricardo Santos da Silva, o Paulão, na 2ª Vara do Júri do Foro Central de Porto Alegre pelo homicídio qualificado de Adão Jorge da Rosa Pacheco, o Adão Zoiudo. Um dos principais líderes do tráfico no Estado, Paulão está preso desde 2010 na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas.

Além de Paulão, o comparsa Márcio Fernando Tavares Dutra também está no banco dos réus. Segundo a sentença de pronúncia da juíza Elaine Maria Canto da Fonseca, Dutra teria assassinado Adão Zoiudo a golpes de faca artesanal na enfermaria do Presídio Central, a mando de Paulão, no dia 19 de setembro de 2007.

De acordo com o Ministério Público, a vítima disputava o tráfico de drogas na Vila Maria da Conceição, em Porto Alegre, com Paulão. O criminoso teria oferecido R$ 20 mil a quem matasse Adão.

A sessão começou uma hora depois do previsto após atraso na escolta dos réus. Inicialmente, o julgamento estava marcado para o dia 26 de julho deste ano, mas foi adiado pois o advogado de defesa de Paulão teve problemas de saúde e o defensor público de Dutra pediu nova data pois tinha assumido o caso recentemente.

Quem é ele

Paulão responde a processos por tráfico desde 1982 e foi detido algumas vezes com drogas. Em 1988 foi condenado por homicídio de um rival - pena que já cumpriu.

Fugiu de colônia penal agrícola, em 1995. No mesmo ano foi acusado de tentativa de roubo contra o dono de uma residência, na Vila Maria da Conceição. Entre 1995 e 1997, foi preso três vezes por porte ilegal de pistolas.

Em 1998, tentou matar Carlos Alberto Silveira Drey, o Beto Louco, seu enteado, com o qual disputava pontos de drogas. Em 2003, foi acusado de ameaçar cortar o rosto de uma médica de um posto de saúde da vila que se recusou a receitar um remédio de uso controlado para a sua mulher.

O que pesa contra Paulão

- Foi denunciado por tráfico de drogas em processo que tramita na 7ª Vara Criminal de Porto Alegre, que autorizou escutas telefônicas e determinou a prisão preventiva de Paulão e seu grupo.

- Paulão já respondia a processos como mandante de três homicídios: a morte de José Antônio Rodrigues Braga, o Corujinha, 40 anos, em junho de 1998, na Capital; a de Gilberto da Silva Guedes, há cerca de três anos, em Venâncio Aires; e a de Adão Jorge da Rosa Pacheco, o Adão Zoiudo, executado dentro do Presídio Central de Porto Alegre, em setembro de 2007

- Em dezembro de 2007, Paulão seria julgado pela morte de Corujinha. O júri foi adiado porque o advogado dele adoeceu, mas Paulão acabou acabou preso preventivamente no Fórum Central pelo envolvimento na morte de Zoiudo

- Em julho, o TJ determinou que Paulão cumprisse a prisão em regime domiciliar, pois ele teria problemas cardíacos


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