Polícia



Luto e solidariedade

CFCs fazem carreata em protesto por assassinato de instrutor em Porto Alegre

Manifestação terminou no Cemitério Jardim da Paz, onde corpo de Rodrigo Turco Russo será enterrado

28/03/2014 - 09h50min

Atualizada em: 28/03/2014 - 09h50min


Veículos ganharam adesivos de luto e foram cobertos por panos pretos

Instrutores de autoescolas de Porto Alegre realizaram, na manhã desta sexta-feira, uma carreata em protesto pela morte do colega Rodrigo Turco Russo, 30 anos, baleado por criminosos após assalto durante uma aula prática de direção na noite de quarta-feira. Segundo a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), cerca de 70 veículos participaram da manifestação.

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Os automóveis seguiram pela Avenida Bento Gonçalves e depois acessaram a João de Oliveira Remião, na Zona Leste, em direção ao Cemitério Jardim da Paz, onde ocorreu o enterro do corpo do rapaz às 10h. Conforme a EPTC, não houve transtornos no trânsito. Fiscais acompanharam a movimentação.

Por volta das 21h de quarta-feira, dois homens surpreenderam o instrutor e sua aluna com uma arma e anunciaram o assalto, no bairro Partenon, em um dos principais locais de aulas de direção da Capital.

Não houve reação, mas, segundo a polícia, o professor teria tentado recuperar uma mochila e acabou baleado na cabeça. Ele foi socorrido e encaminhado ao Hospital São Lucas da PUCRS. Porém, teve a morte confirmada às 4h30min de ontem. A jovem não teve ferimentos. A dupla fugiu a bordo do automóvel, que foi encontrado na manhã de quinta-feira na Vila Céfer.

"Ele te fazia chorar de rir", lembra amiga de infância

A notícia da morte de Rodrigo Turco Russo arrasou os pais e a irmã, que preferiram não falar com a reportagem. Amiga de infância do instrutor, a estudante Fernanda Dias, 29 anos, lembra que se tratava de uma pessoa "leal, divertida e conselheira":

- Era o tipo de pessoa que te fazia chorar de tanto rir. Pela primeira vez, me fez chorar por tristeza. A última vez que eu tinha falado com ele foi para me dar parabéns porque eu passei no vestibular.

Russo chegou a cursar a faculdade de Psicologia, trancou, mas ultimamente pensava em retomar os estudos, recorda Fernanda. Já no CFC Atlântica do centro de Porto Alegre, onde trabalhou por quase nove anos, a comoção ficou estampada no rosto dos colegas. Alguns choravam copiosamente, outros pareciam petrificados. A agência ficou fechada durante a quinta-feira como forma de luto.

Veja o local onde ocorreu o assalto:


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