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Relação conflituosa

Avó materna e pai de Bernardo brigaram por bens na Justiça após morte da mãe do menino

Processo corre até hoje porque Jussara Uglione quer de volta um relógio de ouro que diz ter doado a Leandro Boldrini

16/04/2014 - 10h12min

Atualizada em: 16/04/2014 - 10h12min


Em entrevista a Zero Hora na última terça-feira, Jussara Uglione afirmou que era impedida por Leandro e pela madrasta, Graciele Ugolini, 32 anos, de ver o neto

Logo após a morte por suicídio de Odilaine Uglione Boldrini, mãe do menino Bernardo Uglione Boldrini, em 2010, a mãe dela, Jussara Uglione, 73 anos, entrou com uma ação na Justiça para exigir a reintegração de posse de diversos bens doados por ela a Leandro Boldrini, 38 anos, então marido de sua filha. O processo se arrasta até hoje na Comarca de Três Passos devido a um relógio de ouro que Leandro não teria devolvido à ex-sogra.

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Conforme o advogado Antônio Carlos Seghetto, de Santa Maria - que defendeu o pai de Bernardo - a relação entre seu cliente à época e Jussara não era boa:

- É um absurdo, nunca vi coisa assim. Foi uma ação esquisita mesmo. Ela exigiu acolchoados, jogos de toalhas, as coisas mais simplórias que se pode imaginar dentro de uma casa. Reunimos todos os bens e levamos para a frente do juiz.

Em entrevista a Zero Hora na última terça-feira, Jussara Uglione afirmou que era impedida por Leandro e pela madrasta, Graciele Ugolini, 32 anos, de ver o neto e que era ofendida pelo casal. Ela sustenta que a filha não se suicidou.

O caso que chocou o Rio Grande do Sul

Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, desapareceu no dia 4 de abril, uma sexta-feira, em Três Passos, município do Noroeste. De acordo com o pai, o médico cirurgião Leandro Boldrini, 38 anos, ele teria ido à tarde para a cidade de Frederico Westphalen com a madrasta, Graciele Ugolini, 32 anos, para comprar uma TV.

De volta a Três Passos, o menino teria dito que passaria o final de semana na casa de um amigo. Como no domingo ele não retornou, o pai acionou a polícia. Boldrini chegou a contatar uma rádio local para anunciar o desaparecimento. Cartazes com fotos de Bernardo foram espalhados pela cidade, por Santa Maria e Passo Fundo.

Na noite de segunda-feira, dia 14, o corpo do menino foi encontrado no interior de Frederico Westphalen dentro de um saco plástico e enterrado às margens do Rio Mico, na localidade de Linha São Francisco, interior do município.

Segundo a Polícia Civil, Bernardo foi dopado antes de ser morto com uma injeção letal no dia 4. Seu corpo foi velado em Santa Maria e sepultado na mesma cidade. No dia 14, foram presos o médico Leandro Boldrini - que tem uma clínica particular em Três Passos e atua no hospital do município -, a madrasta e uma terceira pessoa, identificada como Edelvania Wirganovicz, 40 anos, que colaborou com a identificação do corpo. O casal aparentava ter uma vida dupla, segundo relatos de amigos e vizinhos.


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