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Segurança na Copa

"Estamos desvestindo um santo para vestir outro", diz presidente da Famurs sobre transferência de PMs para a Capital

Valdir Andres avalia a medida como "negativa" e convoca reunião para discutir alternativas

21/04/2014 - 10h36min

Atualizada em: 21/04/2014 - 10h36min


A diretoria da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) convocou uma reunião emergencial para esta quarta-feira. Será avaliada, na ocasião, a transferência temporária de 2 mil policiais militares do Interior para Porto Alegre, com o objetivo de reforçar a segurança na Copa.

A Brigada Militar e a Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirmam que as cidades que perderão efetivo não vão ficar descobertas. Presidente da Famurs e prefeito de Santo Ângelo, Valdir Andres (PP) não tem a mesma opinião:

- Avalio (a medida) como muito negativa para os municípios que enfrentam altos índices de violência. O Interior tem menos policias por habitante, então, vemos com muita preocupação. Estamos desvestindo um santo para vestir outro. É pouca gente para o Interior.

Andres diz que a grande maioria das prefeituras não tem alternativa para suprir a redução no número de policiais, por não contar com guardas municipais.

- Já temos problemas com a Operação Golfinho, com perda de policiais. Agora, fomos surpreendidos. Vamos estudar alternativas para sugerir ao governo, para colaborar, sem desproteger nossas populações - relata Andres.

Uma alternativa vista com bons olhos por ele é o uso do Exército para fazer a segurança da Capital durante a Copa.

Em Porto Alegre, haverá 4,8 mil PMs

Um em cada cinco policiais militares do Estado estará em Porto Alegre a partir de 15 de maio. Com a ampliação do efetivo da Brigada Militar para reforçar a segurança na Copa, irão desembarcar na capital gaúcha cerca de 2 mil PMs vindos do Interior.

Haverá um efetivo de 4,8 mil na sede gaúcha do Mundial, entre aqueles que atuarão no evento e os responsáveis pelo policiamento regular.

Ao todo, são 23 mil homens em atuação no Estado, de acordo com números oficiais do governo. A previsão da corporação é de que 2.956 policiais e bombeiros atuem na segurança do Mundial. Desses, 402 serão agentes do Batalhão de Operações Especiais (BOE).


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