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Caso Bernardo

Mãe de Leandro Boldrini diz que o filho "não merece" estar preso

Em entrevista à Rádio Gaúcha, Amélia Rebelato afirmou que Bernardo sentia medo da madrasta

20/04/2014 - 14h34min

Atualizada em: 20/04/2014 - 14h34min


A avó paterna de Bernardo Uglione Boldrini, Amélia Rebelato, diz que o filho Leandro Boldrini "não merece" estar preso. Ela concedeu entrevista ao repórter Eduardo Matos, da Rádio Gaúcha, no interior de Campo Novo, no noroeste do Estado, onde mora. Leandro é investigado pela morte de Bernardo, seu filho.

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- Tenho muita pena dele (Leandro), quero que Deus o libere o quanto antes. Ele não merece isso - lamenta Amélia.

A agricultora relatou que, dias após o desaparecimento de Bernardo, ela esteve na casa de Leandro na companhia de outro filho. Na oportunidade, o médico teria dito:

-Estou tranquilo, porque não devo nada.

Em seguida, apontando para a mulher, Graciele Ugulini, teria falado que ela ia "sofrer" e que iriam colocá-la "em uma caixinha". Conforme Amélia, Bernardo sentia medo da madrasta e a relação de Leandro com o filho era boa.

O caso que chocou o Rio Grande do Sul

Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, desapareceu no dia 4 de abril, uma sexta-feira, em Três Passos, município do Noroeste. De acordo com o pai, o médico cirurgião Leandro Boldrini, 38 anos, ele teria ido à tarde para a cidade de Frederico Westphalen com a madrasta, Graciele Ugolini, 32 anos, para comprar uma TV.

De volta a Três Passos, o menino teria dito que passaria o final de semana na casa de um amigo. Como no domingo ele não retornou, o pai acionou a polícia. Boldrini chegou a contatar uma rádio local para anunciar o desaparecimento. Cartazes com fotos de Bernardo foram espalhados pela cidade, por Santa Maria e Passo Fundo.

Na noite de segunda-feira, dia 14, o corpo do menino foi encontrado no interior de Frederico Westphalen dentro de um saco plástico e enterrado às margens do Rio Mico, na localidade de Linha São Francisco, interior do município.

Segundo a Polícia Civil, Bernardo foi dopado antes de ser morto com uma injeção letal no dia 4. Seu corpo foi velado em Santa Maria e sepultado na mesma cidade. No dia 14, foram presos o médico Leandro Boldrini - que tem uma clínica particular em Três Passos e atua no hospital do município -, a madrasta e uma terceira pessoa, identificada como Edelvania Wirganovicz, 40 anos, que colaborou com a identificação do corpo. O casal aparentava uma vida dupla, segundo relatos de amigos e vizinhos.


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