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Caso Bernardo

"Não imagino que ele tenha feito isso", diz advogado do pai de Bernardo

Andrigo Rebelato, primo de Leandro Boldrini, assumiu a defesa nesta quarta-feira e ainda não traçou estratégia

16/04/2014 - 10h39min

Atualizada em: 16/04/2014 - 10h39min


Rebelato ainda não teve acesso aos autos e não definiu sua estratégia de defesa, mas já adiantou que acredita na inocência do médico

Amigo de infância do primo Leandro Boldrini, 38 anos, o advogado Andrigo Rebelato apresentou-se na manhã desta quarta-feira na Delegacia Regional de Três Passos para defendê-lo da acusação de ter participado da morte do próprio filho, o menino Bernardo Boldrini, 11 anos. Rebelato ainda não teve acesso aos autos e não definiu sua estratégia de defesa, mas já adiantou que acredita na inocência do médico:

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- Eu conheço o Leandro desde pequeno e não imagino que ele tenha feito uma coisa dessas - afirmou o advogado.

O caso que chocou o Rio Grande do Sul

Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, desapareceu no dia 4 de abril, uma sexta-feira, em Três Passos, município do Noroeste. De acordo com o pai, o médico cirurgião Leandro Boldrini, 38 anos, ele teria ido à tarde para a cidade de Frederico Westphalen com a madrasta, Graciele Ugolini, 32 anos, para comprar uma TV.

De volta a Três Passos, o menino teria dito que passaria o final de semana na casa de um amigo. Como no domingo ele não retornou, o pai acionou a polícia. Boldrini chegou a contatar uma rádio local para anunciar o desaparecimento. Cartazes com fotos de Bernardo foram espalhados pela cidade, por Santa Maria e Passo Fundo.

Na noite de segunda-feira, dia 14, o corpo do menino foi encontrado no interior de Frederico Westphalen dentro de um saco plástico e enterrado às margens do Rio Mico, na localidade de Linha São Francisco, interior do município.

Segundo a Polícia Civil, Bernardo foi dopado antes de ser morto com uma injeção letal no dia 4. Seu corpo foi velado em Santa Maria e sepultado na mesma cidade. No dia 14, foram presos o médico Leandro Boldrini - que tem uma clínica particular em Três Passos e atua no hospital do município -, a madrasta e uma terceira pessoa, identificada como Edelvania Wirganovicz, 40 anos, que colaborou com a identificação do corpo. O casal aparentava ter uma vida dupla, segundo relatos de amigos e vizinhos.


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