Segurança



Na prisão

Polícia já ouviu os três presos suspeitos da morte de Bernardo

A delegada não confirma se algum deles negou a participação no crime

22/04/2014 - 18h12min

Atualizada em: 22/04/2014 - 18h12min


Delegada Caroline Bamberg falou nesta terça-feira

Em coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira, a delegada Caroline Bamberg, responsável pela caso Bernardo, confirmou que os três suspeitos de participarem da morte do estudante de 11 anos - o pai, a madrasta e uma amiga da madrasta - já foram ouvidos após a prisão, ocorrida no dia 14 de abril. A delegada não confirma se algum deles negou a participação no crime.

Dos três, apenas a madrasta, Graciele Ugulini, exigiu a presença do advogado para ser ouvida nesta segunda-feira. Vanderlei Pompeo de Mattos é o advogado que assumiu a defesa da pessoa que é apontada como a autora da morte de Bernardo, por meio de uma injeção letal. Nesta terça-feira, Pompeo deve retirar o inquérito na Delegacia Regional de Três Passos, que foi judicialmente aberto em partes para os advogados.

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- O juiz deixou bem claro que era para dar vistas daquilo que não prejudicar a investigação - afirma Caroline.

Também nesta terça-feira, um advogado esteve na delegacia e demonstrou a intenção de defender a assistente social, Edelvânia Wirganovicz. O nome do defensor não foi divulgado, pois ainda não está confirmado.

A delegada Caroline ressaltou ainda que espera que Boldrini não ganhe a liberdade enquanto ocorrerem as investigações.

- Eu tenho certeza da participação dele (o pai) de alguma forma. Ela pode ser tanto omissiva quanto pode ser fazendo alguma ação, estamos definindo qual ele teve - comenta Caroline, sem saber se Boldrini poderá ser enquadrado em homicídio.

Apesar dos depoimentos valerem como prova, o inquérito só deve ser entregue com a chegada do resultado da perícia do material genético de Bernardo, a qual Caroline considera fundamental.

Relembre o caso

Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, desapareceu no dia 4 de abril, uma sexta-feira, em Três Passos, município do Noroeste. De acordo com o pai, o médico cirurgião Leandro Boldrini, 38 anos, ele teria ido à tarde para a cidade de Frederico Westphalen com a madrasta, Graciele Ugolini, 32 anos, para comprar uma TV.

De volta a Três Passos, o menino teria dito que passaria o final de semana na casa de um amigo. Como no domingo ele não retornou, o pai acionou a polícia. Boldrini chegou a contatar uma rádio local para anunciar o desaparecimento. Cartazes com fotos de Bernardo foram espalhados pela cidade, por Santa Maria e Passo Fundo.

Na noite de segunda-feira, dia 14, o corpo do menino foi encontrado no interior de Frederico Westphalen dentro de um saco plástico e enterrado às margens do Rio Mico, na localidade de Linha São Francisco, interior do município.

Segundo a Polícia Civil, Bernardo foi dopado antes de ser morto com uma injeção letal no dia 4. Seu corpo foi velado em Santa Maria e sepultado na mesma cidade. No dia 14, foram presos o médico Leandro Boldrini - que tem uma clínica particular em Três Passos e atua no hospital do município -, a madrasta e uma terceira pessoa, identificada como Edelvania Wirganovicz, 40 anos, que colaborou com a identificação do corpo.


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