Segurança



Região Metropolitana

Suspeito preso admite ter presenciado execução de menino de 11 anos em Alvorada, afirma delegado

Segundo Maurício Barison Barcellos, investigado traficava junto com possível assassino na hora do crime

05/04/2014 - 05h58min

Atualizada em: 05/04/2014 - 05h58min


Policiais prenderam suspeito na madrugada deste sábado

A Polícia Civil de Alvorada prendeu, na madrugada deste sábado, um dos suspeitos de ter participado da morte de um menino de 11 anos na cidade da Região Metropolitana. Eduardo Silveira de Freitas, 18 anos, conhecido como Dudu, era procurado pelos policiais desde o início da semana. Conforme o delegado Maurício Barison Barcellos, o investigado, que tinha um mandado de prisão preventiva contra si, se entregou após convencimento junto à família.

- Após a morte de Feio (Handerson Eduardo Piasson da Silva, morto na quinta-feira), comparsa de Dudu, a família dele ficou preocupada e começou a responder a nossa procura. Nesta madrugada, nos procuraram e disseram onde ele estaria - afirma o delegado.

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Conforme Barison, os policiais não tinham a certeza de que Dudu se entregaria, mas foram à sua procura no local indicado por familiares onde, cerca de 20 minutos antes, bandidos que disseram serem policiais chegaram atirando contra a residência na qual o suspeito se encontrava. Escondido no mato, Dudu se apresentou ao delegado após convencimento junto à avó.

Eduardo Silveira de Freitas, 18 anos, foi preso em um matagal de Alvorada
Foto: Guilherme Santos, Especial

No interrogatório, Dudu confirmou ao delegado que viu Feio matar Kelvin Gabriel Nunes, 11 anos, no bairro Umbu, no último domingo. Ainda, de acordo com o delegado, ele confessou que tinha uma espingarda 12 e um revólver na casa em que traficava junto ao comparsa assassinado, mas afirmou que foi Feio quem atraiu e matou o garoto.

O motivo teria sido a desconfiança de Feio sobre possíveis fofocas que o menino estaria fazendo a sua ex-companheira, por quem ainda seria apaixonado. Pelo relato de Dudu, Feio teria visto Kelvin na rua, carregado a espingarda em casa, chamado o garoto e, assim que ele entrou, atirado no peito do menino. A vítima, que antes do disparo teria perguntado "o que é que eu fiz?", foi arrastada para a rua pelos cabelos.

O delegado vai indiciar o preso por homicídio qualificado, pois há outras testemuinhas que dizem que Dudu teria participado do crime. Na próxima semana, deve ser concluído o inquérito. Até o final da manhã, Dudu vai ser encaminhado ao Presídio Central.

Vítima

Aos 11 anos, Kelvin era o mais velho dos quatro filhos de Priscila Nunes Monteiro, 28 anos. Dividia-se entre os estudos e a venda de doces e salgados preparados pela mãe, em uma casa simples no bairro Umbu. O guri era apaixonado por animais e sonhava em ser biólogo. Na manhã de domingo, enquanto vendia pasteis e pizzas, Kelvin foi executado com um tiro de espingarda no peito.

Conforme testemunhas, por volta das 10h30min, na Rua Beira-Mar, Kelvin foi atraído para um casebre por dois homens. E, dentro da casa, foi morto. O corpo foi jogado às margens do arroio que corta a vila. Um vizinho ainda socorreu o menino, mas não adiantou. A hipótese é que ele tenha sido morto por fazer comentários sobre ameaças feitas por Silva a ex-namorada.

Na noite de quinta-feira, o outro investigado por participação na morte de Kelvin Gabriel Nunes foi morto na Rua Doze de Julho, no bairro Umbu, alvejado por disparos de arma de fogo. Conforme a Polícia Civil, Handerson Eduardo Piasson da Silva, o Feio, 21 anos estava com o capacete na mão e foi atingido por pelo menos sete tiros de pistola 9mm.


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