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Despedida

Jornalista vítima de latrocínio é sepultado em Canoas

Fabiano Cardoso era assessor de imprensa da prefeitura de Porto Alegre

02/05/2014 - 19h19min

Atualizada em: 02/05/2014 - 19h19min


Facebook / Reprodução
Cardoso trabalhava como coordenador de comunicação da Secretaria Municipal de Obras e Viação (Smov)

Familiares, amigos e colegas se despediram nesta sexta-feira do jornalista Fabiano Cardoso, vítima de um latrocínio na noite de quinta-feira. O sepultamento ocorreu no Cemitério São Vicente, em Canoas, cidade onde ele morava.

Desde que foi tornada pública a notícia da morte prematura, aos 44 anos, seu perfil no Facebook foi inundado por mensagens inconformadas e lembranças.

Nascido em Telêmaco Borba (PR), Fabiano chegou cedo ao Rio Grande do Sul. Estudou no Colégio Protásio Alves, de Porto Alegre, e militou no movimento estudantil - primeiro como secundarista, depois na condição de universitário.

Formado na Faculdade de Comunicação Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), trabalhou nas rádios Guaíba e Bandeirantes antes de ingressar na prefeitura de Porto Alegre, por meio de concurso público, na década de 2000.

Ultimamente, atuava como coordenador de Comunicação Social da Secretaria Municipal de Obras e Viação (Smov).

- Brincávamos que, na prefeitura, tinha a escolinha do professor Fabiano, pois ele capacitava profissionais que trabalhavam com ele. O Fabiano tinha esse dom de ser professor. Inclusive, pensava em dar aula um dia - conta o também jornalista Caco Belmonte, colega de trabalho na Smov.

- Era um cara muito centrado, um pai muito dedicado - acrescenta.

Durante anos, Fabiano foi responsável pela comunicação em dois grandes eventos da Capital: o Acampamento Farroupilha e o Carnaval.

- Ele trabalhava por Porto Alegre, não interessava onde. Era o cara que fazia o Carnaval funcionar, fazia o Acampamento Farroupilha funcionar. Era muito acima da média - lembra o fotógrafo Luciano Lanes.

Ex-gerente de Jornalismo da Rádio Guaíba, Flávio Portela trabalhou com Fabiano entre o fim dos anos 90 e o início dos anos 2000.

- Ele não fugia do trabalho. Gostava muito de viajar: no verão, eu mandava ele para fazer cobertura de praia, que ele adorava. Como sou muito gremista e ele era muito colorado, "nos cruzávamos" pelo Facebook - conta o hoje chefe da Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Sul.

Casado com Lisiane Fleck, Fabiano deixa dois filhos.

Apesar da queda no Estado, roubo de veículos aumentou em Canoas

Fabiano morreu na cidade em que adotou para morar. E foi vítima de um crime que apresentou queda no trimestre passado no Estado, o latrocínio. Recentemente, a Secretaria da Segurança Pública comemorou a redução em 35% dos casos de roubo seguido de morte.

Em Canoas, foi registrado um latrocínio nos primeiros três meses de 2013 - no mesmo período deste ano, não ocorreu nenhum, conforme os dados da SSP.

O roubo de veículo, apontado pela Polícia Civil como motivação da morte do jornalista, teve queda de 4,4% entre os trimestres de 2013 e 2014 no Estado. No entanto, o número aumentou de 197 para 213 em Canoas.


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