A Polícia Civil de Canoas aposta em uma perícia para tentar identificar os autores da morte do jornalista Fabiano Cardoso, 44 anos, vítima de um latrocínio na noite de quinta-feira. O exame analisará impressões digitais no veículo usado pelo assessor de imprensa.

Leia mais:
Jornalista morre após ser baleado em assalto
Jornalista vítima de latrocínio é sepultado em Canoas

Conforme o delegado Thiago Almeida Lacerda, titular da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos do Departamento de Polícia Metropolitana, nesta sexta-feira foram identificadas pelo menos oito testemunhas do crime. Elas falaram informalmente à polícia e devem prestar depoimento a partir de segunda-feira.

De acordo com os relatos das testemunhas, dois homens teriam tentado roubar o Focus de Cardoso na Rua Tupinambás, na esquina com a Rua Doutor Selbach, por volta das 19h. O jornalista teria tentado fugir, e um dos homens atirou no veículo.

O assessor de imprensa foi ferido no tórax e seguiu dirigindo em direção a um hospital, mas acabou desmaiando. Ele foi socorrido e encaminhado ao Hospital de Pronto Socorro (HPS), mas não resistiu ao ferimento.

- Algumas testemunhas relataram que os assaltantes teriam apoiado as mãos no veículo, e por isso a perícia é tão importante - afirma Lacerda.

A polícia também procurou imagens de câmeras de segurança de residências e estabelecimentos comerciais próximos ao local do crime, para tentar identificar a rota de fuga dos criminosos. As imagens de pelo menos um estabelecimento comercial já foram recolhidas para a análise, conforme o delegado.

- Sabemos que os suspeitos usavam moletom e  teriam fugido em direção a um bar - completa Lacerda.

Cardoso era funcionário da prefeitura de Porto Alegre há mais de 10 anos. Atualmente, ele trabalhava como coordenador de comunicação da Secretaria Municipal de Obras e Viação (Smov). O jornalista era casado e deixa dois filhos.