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Duplo homicídio

Exame confirma que bioquímico acusado de matar mulher e filho é "normal"

Ênio Luiz Carnetti, 47 anos, é acusado de matar a mulher e o filho em julho de 2012 na zona sul de Porto Alegre

10/07/2014 - 15h40min

Atualizada em: 10/07/2014 - 15h40min


Arquivo Pessoal / Arquivo pessoal
O bioquímico Ênio Luiz Carnetti e a mulher, Marcia Calixto Carnetti, assassinada em agosto de 2012 na Capital

O exame realizado por peritos do Instituto Psiquiátrico Forense (IPF) concluído nesta quinta-feira comprovam que o bioquímico Ênio Luiz Carnetti, 47 anos, acusado de matar a mulher e o filho em julho de 2012, é uma pessoa "normal". O laudo, assinado por três psiquiatras forenses, concluiu que "em que pese (Carnetti) ter sido portador de um transtorno depressivo de grau leve, era totalmente capaz de entender o caráter ilícito de sua ação e totalmente capaz de se determinar".

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Esse é o segundo exame de sanidade mental ao qual o bioquímico foi submetido. O primeiro, com o mesmo resultado, foi contestado pelos advogados de Carnetti. A alegação era de que o bioquímico estava sob surto psicótico no dia do crime, conforme um parecer médico particular.

O resultado do exame concluído nesta quinta-feira vinha sendo cobrado pelo juiz Luís Felipe Paim Fernandes, da 1ª Vara do Júri da Capital. Com o laudo, Carnetti deverá ser pronunciado - levado a júri popular -, dependendo da decisão do magistrado. A coleta de depoimentos já se encerrou, faltando apenas as alegações finais da defesa.

- Esse exame demorou mais de um ano, por capricho da defesa, para chegar, como era óbvio, à mesma conclusão, criando uma imagem equivocada de que o Ministério Público e o Judiciário não se preocupavam com o caso - afirma a promotora Lúcia Helena Callegari.

Zero Hora não localizou os advogados de Carnetti para comentar o resultado do laudo.

O caso

Em agosto de 2012, Márcia e seu filho, Matheus, foram encontrados mortos na casa da família na zona sul da Capital. O principal suspeito é o bioquímico Ênio Luiz Carnetti, 47 anos, marido de Márcia e pai de Matheus.

Bioquímico do Estado, ele tentou se suicidar após o crime, jogando-se de uma ponte, um dia antes de os corpos serem localizados. Márcia era enfermeira da prefeitura de Porto Alegre, e o menino estudava na pré-escola de um colégio particular da Zona Sul.


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