Polícia



Violência

Alunos convivem com rotina violenta no entorno da escola Anne Frank

Rua do Bairro Bom Fim, em Porto Alegre, tem alto índice de assaltos

19/08/2014 - 19h23min

Atualizada em: 19/08/2014 - 19h23min


Cristiane Bazilio
Cristiane Bazilio
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Na Rua Cauduro, que dá acesso à escola, os assaltos são frequentes

O medo dos frequentes assaltos que têm sido praticados no entorno da Escola Estadual de Ensino Médio Anne Frank, no Bairro Bom Fim, em Porto Alegre, tem feito alunos faltarem às aulas e pais tomarem atitudes drásticas. Só nas últimas duas semanas, quatro estudantes foram atacados e tiveram, principalmente, celulares e tênis levados. A situação preocupa não só a direção da escola como também a comunidade. 

- Recentemente, um casal retirou dois alunos da escola para evitar que seus filhos ficassem à mercê da violência aqui na região. Está demais! - lamenta a vice-diretora Gizele Pinto Rodrigues.

Quinta-feira passada, uma menina de 13 anos, aluna da quarta série, passou por um trauma. Ela voltava da aula de educação física - que muitas vezes acontece na Redenção - quando foi abordada por um homem com uma faca.

- Ele colocou a faca no meu pescoço, ameaçou me matar e cortou a minha mão. Pegou o celular na bolsa e jogou ela no meio da rua. Fiquei com muito medo. Não vou mais sozinha para a aula - relata a estudante.

O ataque à jovem aconteceu na Rua Cauduro, o principal foco de assaltos a alunos, às 13h30min, em plena luz do dia. Prática comum, conforme a direção da escola. 

- Não tem hora. Assaltam para quem quiser ver. Principalmente, na parada de ônibus. Carros estacionados aqui na rua também são alvos constantes de furtos e arrombamentos - descreve Gizele.

As medidas tomadas pela escola são do portão para dentro. Grades, portões trancados e sistema de alarme são recursos que têm colaborado para que a escola não tenha sofrido nenhum assalto ou arrombamento nos últimos três anos. No entanto, quando os alunos saem...

- Não tem policiamento na rua, não se vê uma viatura da Brigada, nada! Estamos completamente desassistidos aqui na região _ alerta a vice-diretora.

Reforço do efetivo deve ajudar a combater a criminalidade

Segundo a Brigada Militar, esta situação já começa a mudar, graças ao reforço de policiamento que começou a operar ontem na Capital. São 200 PMs que constituem um novo destacamento: o Comando Operacional de Policiamento. 

- O Bom Fim está sendo um dos privilegiados por este aumento de efetivo, de PMs vindos do Interior. São policiais a pé e também em viaturas que desde hoje (ontem) já estão circulando pelo bairro. Isto deve ajudar a reverter este quadro - destaca o comandante do 9º BPM, Júlio Cesar de Ávila Peres.


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