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Motim no Paraná

Após rebelião em Cascavel, sete detentos seguem desaparecidos

Autoridades fazem busca a presos que sumiram e avaliam estrutura da penitenciária

27/08/2014 - 15h17min

Atualizada em: 27/08/2014 - 15h17min


MARCELINO DUARTE / AFP
Motim durou quase 45 horas, entre domingo e terça-feira

No dia seguinte ao fim da rebelião na Penitenciária Estadual de Cascavel (PEC), órgãos do governo paranaense trabalham na busca a detentos desaparecidos e na avaliação da estrutura do prédio, cuja capacidade é para 1.116 presos.

Conforme a Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju), um grupo de engenheiros faz a perícia no local - em parte da unidade, ninguém pôde entrar devido ao risco de desabamento. Antes da rebelião - que deixou a cadeia com muitos danos -, funcionava no espaço uma fábrica para trabalho dos detentos.

Há diferentes hipóteses para o sumiço dos presos, como fuga e morte. As autoridades contabilizam cinco presos mortos - dois deles decapitados - e 25 feridos.

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Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil no Paraná afirmou que "as denúncias sobre as precárias condições daquele estabelecimento penal, apontado como a pior unidade do Estado, já haviam sido divulgadas" pela entidade em 2012: "O fim da rebelião não mitiga a necessidade das autoridades trabalharem para melhorar as condições prisionais, forma de se evitar novos confrontos como os de Cascavel, nos quais sempre há sérios riscos de perdas humanas".

Cinco defensores públicos estão na cidade. Na terça-feira, eles acompanharam a vistoria na penitenciária e a elaboração das listas de presos transferidos e que permaneceram na PEC. Foi constatada a destruição de 20 das 24 alas do local.

Confira imagens da rebelião:


*Zero Hora


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