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Morto no Paraguai

Corpo de Lucas Morini é sepultado no Cemitério de Forqueta, em Caxias do Sul

Corpo de jovem foi velado na manhã desta quinta-feira na localidade onde vive a mãe

04/09/2014 - 10h44min

Atualizada em: 04/09/2014 - 10h44min


Manuela Teixeira / Agência RBS
Ritos funerais ocorreram após longo trâmite legal para liberação de corpo do Paraguai

O corpo de Lucas Morini, 23 anos, foi sepultado na manhã desta quinta-feira, no Cemitério de Forqueta, em Caxias do Sul. O jovem e o amigo Dionatan Cordova Dias, 28, foram encontrados mortos no Paraguai em julho.

>> 'Eu tinha esperança que ele estivesse vivo', lamenta pai de Dionatan

Os ritos funerais ocorreram após um longo desenrolar burocrático quanto ao trâmite legal para liberação dos corpos. A família do jovem chegou a ir até o país vizinho e voltar de mãos vazias pois ele havia sido enterrado como indigente, uma vez que não foi reconhecido.

O traslado foi feito por uma funerária de Foz do Iguaçu. O corpo de Morini, que morava em Bento Gonçalves, saiu do Paraguai na quarta-feira, chegando em Caxias por volta das 10h desta quinta. Antes do enterro, foi realizada uma pequena missa em homenagem ao jovem.

Abalada, a mãe de Lucas, Nelci Brustulin, teve ser amparada por familiares. Foi ela quem buscou o corpo junto com um familiar.

- Pelo menos agora encerramos isso e ele (o corpo de Lucas) está perto da gente - disse.

Somando os custos do caixão, do traslado e das viagens, a família gastou em torno de R$ 6.500, conseguidos por meio de empréstimos de vizinhos e familiares. Eles pretendem organizar uma janta beneficente para arrecadar dinheiro.

Lucas e Dionatan foram assassinados no município paraguaio de Itakyry, a cerca de 100 quilômetros de Foz do Iguaçu, no Paraná. Os jovens deixaram Bento Gonçalves no dia 25 de julho com destino ao Paraguai.

A polícia do país vizinho encontrou os corpos no dia 27 de julho, às 8h, com várias marcas de disparos. Como estavam sem identificação, os dois foram enterrados como indigentes. Nos dias 18 e 19 do mês passado, familiares reconheceram os rapazes por fotos.

O motivo da viagem dos amigos ao Paraguai não foi esclarecido. De acordo com a investigação, Dionatan e Lucas seguiram de Bento até Santa Catarina. Eles passaram pela cidade do Palmitos, onde mora um ex-companheiro da mãe de Lucas. No dia seguinte, conforme imagens de câmeras de monitoramento, o Fiat Idea verde dirigido pelos rapazes passou pela Ponte da Amizade por volta das 10h.

Uma hora e meia depois, há a imagem do carro retornando. A estrutura liga Foz do Iguaçu, no Paraná, a Ciudad del Leste, no Paraguai. O ex-companheiro da mãe de Lucas confirmou que os amigos retornaram a Palmitos no dia 26. A última ligação de Lucas para a mãe foi no dia 27, a 1h, dizendo que eles voltariam ao Paraguai. Sete horas mais tarde, os corpos foram encontrados na beira de um rio.

Não há imagens dessa segunda ida da dupla ao país vizinho. Por conta disso, suspeita-se que eles tomaram uma rota alternativa. A investigação dos assassinatos está sob a responsabilidade da polícia paraguaia.


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