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Roubo em Canoas

Imagens mostram suspeitos de matar jornalista em assalto em Canoas

Fabiano Cardoso era assessor de imprensa da prefeitura de Porto Alegre e foi assassinado em maio durante roubo de veículo

04/09/2014 - 10h59min

Atualizada em: 04/09/2014 - 10h59min


A Polícia Civil de Canoas, na Região Metropolitana, divulgou nesta quinta-feira imagens dos suspeitos de assassinar o jornalista Fabiano Cardoso, 44 anos, na noite do dia 1º de maio durante assalto na cidade. Ele chegava a uma lancheria, na rua Monte Castelo, quando dois homens a pé encostaram no carro dele, um Focus, e anunciaram o assalto. Assustado, Fabiano acelerou e foi atingido no tórax. As imagens de câmeras de segurança foram fundamentais para chegar aos suspeitos.

O jornalista ainda conseguiu dirigir o veículo por alguns metros, mas não resistiu e morreu. Foi o primeiro latrocínio (roubo seguido de morte) envolvendo veículos em Canoas no ano, segundo a polícia. Na tarde da última quarta-feira, um dos suspeitos, identificado como Rafael Campos de Oliveira, 19 anos, foi preso na cidade de Dois Vizinhos, no Paraná, onde estava foragido.

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Ele deixou as digitais no carro na noite do crime. Técnicos do Instituto-Geral de Perícias (IGP), por meio de um sistema avançado de identificação, chegaram ao nome Rafael em um banco de 7 milhões de digitais. Já a Polícia Civil analisou as imagens e recolheu um moletom na casa do suspeito, igual ao que aparece no vídeo. Um revólver também foi apreendido e será periciado.

Digitais deixadas no carro são de Rafael / Crédito: Polícia Civil 

- O laudo do IGP foi importante para elucidar essa morte lamentável. O Rafael inventou que estava em um evento familiar no dia 1º, mas o álibi foi desfeito pelas testemunhas. A partir da digital, conseguimos elementos para a prisão temporária - afirma o delegado Thiago Lacerda, que comandou a investigação.

A Polícia Civil foi até a casa do outro suspeito na manhã de hoje atrás de provas que o apontem como comparsa no crime. O jovem estava no local e negou a participação. Os agentes tentam recolher provas para obter o mandado de prisão temporária contra ele.

- O IGP tem atuado muito bem com a investigação policial, especialmente na área de DNA, que são vestígios normalmente deixados nos locais de crimes. O Rio Grande do Sul tem um dos maiores bancos de dados digitais do Brasil - diz Rodrigo Leffa Vieira, diretor-administrativo do IGP.

 

O jornalista Fabiano Cardoso era funcionário de carreira da prefeitura de Porto Alegre há mais de 10 anos. Ele trabalhava como coordenador de comunicação da Secretaria Municipal de Obras e Viação (Smov) desde 2013. Antes, passou pela Comunicação Social da Prefeitura e foi assessor de imprensa da Secretaria da Cultura. Também foi colaborador de veículos de comunicação da Capital, como o Grupo Bandeirantes e a Rádio Guaíba.

Assessor de comunicação da prefeitura de Porto Alegre, Cardoso era morador de Canoas e deixou a mulher e dois filhos. Pouco depois que se espalhou a notícia de sua morte, a página de Fabiano no Facebook foi inundada de mensagens de despedida. Parentes e amigos lembraram os momentos vividos com o jornalista, lamentaram o crime e tentaram apoiar os familiares.


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