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Caso Bernardo

Mulher de Evandro diz ter mudado depoimento por pressão da polícia

Testemunhas depõem em audiência no Foro de Frederico Westphalen

18/09/2014 - 10h47min

Atualizada em: 18/09/2014 - 10h47min


Eduardo Matos / Rádio Gaúcha
Os réus Evandro (foto) e Edelvânia Wirganovicz participam da audiência em Frederico Westphalen

Começou, na manhã desta quinta-feira, uma nova audiência que investiga a morte do menino Bernardo Uglione Boldrini. Os réus Evandro e Edelvânia Wirganovicz entraram na sala, no Foro de Frederico Westphalen, após os três primeiros depoimentos.

De acordo com informações da Rádio Gaúcha, em torno das 11h, Luciane Saldanha, mulher de Evandro Wirganovicz, entrou na sala, embargou a voz e chorou, levando o marido igualmente às lágrimas.

Evandro, acusado de ter ajudado a cavar a cova em que Bernardo foi enterrado, em Frederico Westphalen, sustenta que esteve próximo ao local dois dias antes do crime para pescar. Luciane se contradisse em relação a depoimento prestado à polícia, dizendo que viu peixes pescados por Evandro dois dias antes do crime. À polícia, havia dito que não sabia de peixes. Após se contradizer em mais de um ponto, a testemunha afirmou ter sido obrigada a colocar respostas no depoimento à polícia a pedido dos policiais.

- Fui ameaçada e constrangida (pela polícia). Eles diziam que se eu não falasse que ele fez o buraco, ele iria pegar mais (tempo) cadeia - disse Luciane, que negou a participação do marido no crime.

Mais cedo, na mesma audiência, a funcionária de uma farmácia confirmou ter vendido o medicamento Midazolam para Edelvânia. Já o sócio de uma ferragem de Frederico Westphalen disse que Edelvânia comprou "uma pá e uma cavadeira" em seu estabelecimento, e que estava acompanhada de outra mulher:

- Ela (Edelvânia) estava acompanhada, mas não sei quem era a outra pessoa.

De acordo com a confissão de Edelvânia, a pá, a cavadeira e a soda usada para "diluir rápido o corpo e não dar cheiro" foram compradas em 2 de abril, em Frederico Westphalen. Edelvânia também afirmou que ela e Graciele começaram a fazer a cova nesse dia.

Evandro, Edelvânia, Graciele Ugulini e Leandro Boldrini foram indiciados por homicídio qualificado. O corpo do menino foi achado em 14 de abril.

Como teria ocorrido o crime:


* Zero Hora


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