CRIME NA REGIÃO METROPOLITANA
Suspeito de matar jornalista em Canoas é preso no Paraná
Rafael Campos de Oliveira, 19 anos, envolvido na morte de Fabiano Cardoso, em maio, foi detido em uma oficina, em Francisco Beltrão, a 450 quilômetros de Curitiba
O suspeito de assassinar o jornalista Fabiano Cardoso, 44 anos, durante tentativa de assalto ocorrida em Canoas, em maio, foi preso nesta quarta-feira, 3, em Francisco Beltrão (PR), a 450 quilômetros de Curitiba.
Foragido desde o crime, Rafael Campos de Oliveira, 19 anos, foi detido enquanto trabalhava em uma oficina mecânica da cidade paranaense, onde passou a morar, na casa de uma tia, após fugir do Rio Grande do Sul.
Quatro agentes da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV) de Canoas participaram da operação, que contou com o apoio da 2ª Delegacia Regional Metropolitana (DRM) e de homens da Polícia Civil do Paraná. Os agentes ainda investigam quem seria o parceiro de Rafael na tentativa de assalto que terminou em morte.
- Ele (Rafael) jamais imaginou que teria uma equipe da DFRV por lá (Paraná). Foi pego totalmente de surpresa - afirma o delegado Thiago Lacerda.
Investigado na Operação Classe A, que em 2012 deteve 19 suspeitos de integrarem uma quadrilha responsável pelo roubo de mais de 150 veículos na Região Metropolitana, Rafael não chegou a ser preso na época. Nesta quarta, em depoimento aos policiais gaúchos e paranaenses, o suspeito negou a autoria do crime.
Mas, conforme o delegado Lacerda, imagens de câmeras de monitoramento situadas próximo ao local do assassinato, além das impressões digitais de Rafael encontradas no carro de Fabiano, não deixam dúvidas sobre sua participação. Em entrevista coletiva marcada para a manhã desta quinta-feira, a DFRV apresentará as evidências que levaram à prisão de Rafael, bem como a arma possivelmente utilizada no crime.
Funcionário de carreira da prefeitura de Porto Alegre havia mais de 10 anos, o jornalista Fabiano Cardoso trabalhava como coordenador de comunicação da Secretaria Municipal de Obras e Viação (Smov) de Porto Alegre desde 2013. O servidor morreu após ser baleado ao tentar fugir de dois homens que pretendiam levar o seu carro, um Focus, no bairro Nossa Senhora das Graças, em Canoas. Ele chegou a ser levado ao Hospital de Pronto Socorro (HPS) da cidade, mas não resistiu.