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Caso Bernardo

Perícia particular conclui que mãe de Bernardo foi morta

Laudo foi encomendado pela família de Odilaine Uglione

19/10/2014 - 21h16min

Atualizada em: 19/10/2014 - 21h16min


Humberto Trezzi / Brasília
Humberto Trezzi / Brasília
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Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal
Odilaine (à esquerda) ao lado do menino Bernardo e da mãe Jussara Uglione

Odilaine Uglione, mãe do menino Bernardo Boldrini - assassinado em abril deste ano em Frederico Westphalen - foi assassinada e não se matou. A conclusão é de uma perícia particular encomendada pela família dela. Os resultados do exame foram divulgados no sábado pelo advogado Marlon Taborda, que representa os familiares de Odilaine.

Odilaine morreu 72 horas antes do momento de assinar o divórcio, em 2010. Ela era casada com o médico Leandro Boldrini, que agora está preso por suspeita de envolvimento na morte do filho, Bernardo. Conforme o acordo que seria assinado, Odilaine deveria receber R$ 1,5 milhão e uma pensão mensal de R$ 10 mil. A Polícia Civil investigou o caso e concluiu que ela cometeu suicídio, com um tiro na boca, dentro do consultório do marido. Pelo menos cinco pessoas aguardavam consulta quando viram um estouro e o médico sair correndo da sala, apavorado. Ele sustenta que a mulher se matou.

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Inconformada, a família de Odilaine desconfia que ela foi morta - ou pelo médico Leandro, ou por alguém que entrou no consultório dele. Um dos indícios seriam lesões (arranhões, equimoses) que a mulher apresentava no braço direito. Agora a perícia particular, feita pelo perito Sérgio Saldiaz (da empresa Sewell Perícia Criminal Forense) aponta outra contradição: pelo estudo da trajetória da bala (que entrou pela boca da vítima), o disparo teria sido feito por outra pessoa, que não a vítima. Contribui também o fato de não existir pólvora na mão direita de Odilaine, que era destra.

- O ângulo não era compatível com o de uma pessoa que segura a arma e a dispara contra si própria - resume o advogado Taborda.

Ele ressalta que uma gase estava sobre o cabo do revólver que disparou, "como se alguém quisesse disfarçar impressões digitais".

Taborda pretende pedir ainda esta semana, mais uma vez, a reabertura do caso. Serão dois pedidos: um à Chefia de Polícia Civil e outro ao TJ. Ao juiz local ele pediu uma vez, foi negado, agora ele quer pedir direto no TJ (com os novos indícios).

* Zero Hora


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