Mais droga batizada
Playboys traficantes: polícia indicia comparsa na venda de ecstasy com veneno para rato
Homem vendia para rapazes de classe alta presos no dia 23. E mais 25 comprimidos da droga mortal foram apreendidos com outro vendedor, preso na madrugada de segunda
Um terceiro homem envolvido na venda de ecstasy batizado com veneno para rato na Capital foi indiciado pela polícia. Ele vendia a droga contaminada para os dois playboys que foram presos na quinta-feira da semana passada, filhos de dois empresários dos ramos de casas noturnas e materiais de construção, ambos da Zona Norte. Segundo o titular da 3ª DIN/Denarc, Rafael Pereira, o homem é de Porto Alegre e de classe média.
- Ele tem um padrão de vida um pouco inferior aos dois guris, talvez por isso era ele quem botava a cara no negócio - afirmou o delegado.
Na madrugada de segunda-feira, mais um homem foi preso em flagrante na Capital vendendo este que é considerado pela polícia o mais nocivo tipo de ecstasy que existe, chamado "tic love rosa". Ele estava em um posto de combustíveis no Bairro Sarandi com 25 comprimidos da droga.
Ainda conforme o delegado Rafael, ele não tem nenhuma ligação com os dois jovens de classe alta presos no dia 23, mas também atuava na Zona Norte.
- Chegamos até ele por meio de denúncia de um usuário que leu as reportagens sobre o assunto e, como passou mal, imaginou que havia consumido a mesma droga batizada. A partir dele, chegamos nesse vendedor - explicou.
Segundo o titular da 3ª DIN, os dois rapazes pegos na semana passada continuam presos no Presídio Central, e a polícia não obteve provas de que o pai de um deles, apesar de dono de uma casa noturna onde a droga era vendida, tivesse conhecimento ou estivesse envolvido no esquema.
A delegacia tem 30 dias para enviar o inquérito à Justiça. Até lá, as investigações continuam para identificar quem são os distribuidores desta droga.