Em busca de novas pistas para o sumiço de Cíntia Luana Ribeiro Moraes, 14 anos, a Polícia Civil pediu a quebra de sigilo de um perfil no Facebook que exibe a foto da menina sob outra identidade. Filha de uma família pobre de Três Passos (cidade agrícola no noroeste do Estado) e grávida de sete meses, em julho de 2011 ela foi a um encontro com um homem casado que seria o pai da criança. Nunca mais foi vista.

O perfil no Facebook está no nome de Juliandra Morais, mas mostra a foto de Cíntia. Zero Hora enviou mensagens para Juliandra, mas elas não foram respondidas. O resultado parcial das investigações da polícia aponta que o perfil é falso, informa a delegada Caroline Bamberg Machado.

- Nós pedimos a quebra do sigilo do perfil na Justiça. A nossa finalidade é identificar a pessoa que fez o perfil e o computador usado por ela - diz a delegada.

A polícia busca esclarecer três hipóteses. A primeira é de que a autora do perfil pegou na internet uma foto qualquer, o que é prática comum. A imagem de Cintia estava em vários jornais e sites. A segunda probabilidade é de que seria uma brincadeira "sem graça", como definiu a irmã da desaparecida, Loreni de Moraes. E a terceira, e menos provável, é de que alguém pretenda fornecer uma nova pista à polícia.

A dor da família

Nos últimos três anos, os agentes fizeram dezenas de buscas por Cíntia, inclusive na Argentina, cuja fronteira fica a 50 quilômetros de Três Passos. Inúmeras pessoas foram ouvidas como testemunhas ou na condição de suspeitas.

- Até agora, não chegamos a uma conclusão sobre o caso, todas as hipóteses estão abertas - diz a delegada.

Para a família, o desaparecimento de Cintia é um calvário. A irmã dela, Loreni, diz que a polícia é avisada sempre que há um indício novo. Ela acredita que exista a possibilidade de as autoridades conseguirem algum avanço com a quebra do sigilo no perfil do Facebook.

*Zero Hora