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Ciclo de violência

Porto Alegre e Região Metropolitana têm oito assassinatos em seis horas

Todas as mortes foram por armas de fogo

10/10/2014 - 03h55min

Atualizada em: 10/10/2014 - 03h55min


A noite mais quente desde o fim do inverno foi umas das mais violentas em Porto Alegre e na Região Metropolitana. A noite de quarta-feira e a madrugada de quinta registraram números comparáveis a finais de semana. Em um intervalo de seis horas, foram 10 tentativas de assassinato. Oito pessoas foram alvejadas e mortas - duas sobreviveram.

Adriana Franciosi / Agencia RBS
Três pessoas foram mortas a tiros na Rua São Vicente, bairro Rio Branco

O perfil dos crimes delineado pela polícia faz parte do ciclo de violência que se perpetua de vingança em vingança: acerto de contas.

Às 20h30min - no primeiro caso -, a cuidadora de idosos Marilene Teixeira, 37 anos, foi executada em frente às duas filhas, de 10 e 11 anos, dentro de casa em Novo Hamburgo. O mandante, de acordo com o delegado que investiga o caso, seria um traficante que ordenou o crime da cadeia como represália por uma denúncia.

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Duas horas depois, o bairro Rio Branco, em Porto Alegre, um grupo de homens disparou mais de 30 tiros. Os estampidos ressoaram pelas ruas e os moradores da região, que no momento estavam vendo a vitória do Grêmio sobre Sport, incialmente acreditavam se tratar de uma comemoração da torcida. Estavam enganados. A Rua São Vicente havia virado o cenário da execução de três pessoas.

Câmera de segurança mostra o momento em que os tiros são disparados

Já na madrugada, à 1h, Eder Cardoso Dias, Andrews Antônio Pacheco e um terceiro homem não identificado estavam na Rua Tenente Ary Tarragô, no bairro Jardim Itu-Sabará, zona norte da Capital, quando se tornaram alvos. Dias morreu no local. Os outros dois sobreviveram e não entraram para os números da violência urbana. Pacheco permanecia internado no Hospital Cristo Redentor até as 3h30min de sexta-feira.

No caso de Flavio Augusto Peres Alos e Diego Ferreira Oliveira, ambos de 23 anos, a polícia não soube informar a hora da morte. Os dois foram encontrados em Alvorada mortos na Rua Hípica, na vila Tupã, no final da noite. De acordo, com a polícia a maior parte dos tiros fora no rosto.

Às 2h30min, se encerrou o ciclo da noite/madrugada. Michael Terra caminhava pela Rua Adão Fox, na Vila Iolanda, em Guaíba, voltando do trabalho para casa. Um carro parou perto dele, um passageiro abriu a janela e disparou. Terra morreu no local.


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